Segundo a delegada Kássia Evangelista, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), as investigações começaram após uma tia da vítima denunciar os abusos à polícia, no dia 15 de novembro deste ano. O pai da adolescente foi preso previamente, em 6 de dezembro, após tentativas de fuga para Maraã, onde estava em uma residência de difícil acesso na zona rural.Em vídeo registrado após a prisão do pai, a jovem afirmou que a mãe sabia dos abusos e permitia que eles acontecessem “desde que ele não arranjasse outra mulher”.
“Ao analisar o vídeo, percebemos a participação direta da genitora, que agiu em coautoria com o marido. Ela também é investigada pelo crime de tortura por omissão, já que não impediu que a vítima fosse espancada e tivesse o cabelo raspado pelo pai”, explicou a delegada Evangelista.
As autoridades ainda apuram se a mãe tinha conhecimento ou participou de atos de exploração sexual, já que houve ocasiões em que o pai levava a filha para se encontrar com outros homens. Com base nas evidências, a Depca solicitou a prisão preventiva da mulher, que foi deferida pela Justiça. De acordo com o delegado Rodrigo Beraldo, da 60ª DIP, ela estava escondida em outra residência de familiares do companheiro.
“Após a prisão do marido, ela se abrigou em outra casa de familiares, informando informalmente que permaneceria onde ele estivesse”, disse Beraldo.
A adolescente foi encaminhada ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA) e atualmente está sob a guarda de familiares maternos.
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