Um incêndio atingiu nesta quinta-feira (20/11) um dos pavilhões da COP30, realizada em Belém (PA), na chamada Blue Zone — área estratégica e restrita onde ocorrem as negociações entre países.
O que aconteceu
Por volta das 14h,
começaram os relatos de fogo em um estande no pavilhão dos países. A energia
elétrica da estrutura foi cortada por precaução. Houve uma evacuação imediata
do local: pessoas foram retiradas por ordem da segurança. Algumas pessoas
apresentaram mal-estar por causa da fumaça inalada.
Controle do incêndio
De acordo com o ministro do
Turismo, Celso Sabino, o fogo foi controlado por volta das 14h30. Equipes de
socorro atuaram rapidamente para conter as chamas. Uma das hipóteses para a
causa do incêndio é um curto-circuito em um estande ou falha em um gerador. Segundo
o Governador do Pará, Helder Barbalho, não há registro de feridos até o
momento. As primeiras informações apontam para o estande da Índia como origem
do fogo.
Impactos no evento
A Blue Zone, que concentra
as negociações diplomáticas da COP — encontros ministeriais, reuniões técnicas,
delegações — foi afetada. As negociações foram momentaneamente interrompidas,
já que o local de diálogo teve de ser evacuado. A mobilização causou correria
entre os presentes, gerando apreensão em meio aos delegados. Após o controle do
incêndio, as autoridades aguardam vistoria dos bombeiros para autorizar o
retorno das atividades.
Análise e contexto
Esse incidente em plena COP30, no
momento em que negociações climáticas estão em um ponto sensível, joga luz
sobre os riscos operacionais até mesmo em eventos tão bem planejados. A Blue
Zone é palco de debates cruciais — sobre financiamento climático, fossil
fuels, adaptação — e uma paralisação dessas não é apenas simbólica, mas pode
atrasar decisões importantes.
Além disso, traz à tona questões
logísticas da conferência: a infraestrutura provisória dos pavilhões, a
segurança dos estandes, a manutenção de geradores ou instalações elétricas em
ambientes de alto risco. Se a hipótese de falha elétrica se confirmar, será um
alerta para a organização de eventos similares.
Há também um componente simbólico
forte: um evento global para discutir as mudanças climáticas — incluindo
mitigação de riscos, segurança e prevenção — sofre um incêndio no próprio local
de negociações. Isso pode ser interpretado por alguns como uma metáfora
chocante para os perigos reais da negligência, enquanto para outros reforça a
urgência de tornar o clima não apenas uma pauta política, mas algo enraizado
também na segurança física dos espaços.
Próximos desdobramentos para
acompanhar
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