Simone lecionava na Faculdade Novo Horizonte, uma das empresas que seria utilizada pelo grupo criminoso para praticar os desvios.A mulher compareceu na Delegacia de Porto de Galinhas por volta das 12h40, acompanhada de um advogado, e permaneceu no local até as 13h. Segundo a defesa, após pegarem a certidão de comparecimento, os dois saíram de carro e voltaram para o escritório de advocacia. Ela retornou para casa sozinha.Horas depois, às 15h55, a Polícia Militar foi informada sobre o assassinato de Simone, que morava com os pais no centro da cidade. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como homicídio consumado.
Esquema de desvio
Segundo as investigações, o esquema envolvia o uso de emendas parlamentares impositivas, instrumento pelo qual vereadores destinam parte do orçamento municipal, geralmente cerca de 2% da Receita Corrente Líquida, para projetos e áreas específicas. Neste caso, os recursos seriam aplicados em serviços de saúde em Ipojuca.Os valores, no entanto, foram destinados a associações de fachada localizadas em outros municípios, sem estrutura ou competência técnica para executar os projetos contratados.
Uma das empresas contempladas foi a Faculdade Novo Horizonte, que também é conhecida como Instituto Nacional de Ensino, Sociedade e Pesquisa (Inesp), onde Simone leciovana. Segundo a denúncia, a instituição recebeu repasses milionários para cursos de capacitação.
O gestor do instituto, Gilberto Claudino da Silva Júnior, é apontado como "coordenador" das fraudes e teve a prisão preventiva decretrada.Até o momento, apenas três pessoas foram presas: Maria Netania Vieira Dias, esposa de Gilberto Claudino e responsável pela elaboração dos projetos das associações; e as advogadas Edjane Silva Monteiro e Eva Lúcia Monteiro, irmãs que atuavam na Rede Vhida, outra instituição usada para desviar recursos, segundo as investigações.Bnews
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