Alunos da Uneb em Ipiaú denunciam falta de professores e atrasos em disciplinas essenciais


Estudantes do Campus XXI da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Ipiaú, estão denunciando uma grave crise acadêmica provocada pela falta de professores, especialmente no curso de Letras. Segundo os alunos, a situação se agravou após a transferência da sede da universidade para as imediações do CETEP, zona rural do município, o que dificultou o acesso à instituição e coincidiu com problemas de gestão interna.

A carência de docentes efetivos tem levado a universidade a recorrer frequentemente à contratação de professores substitutos. No entanto, a falta de renovação dos contratos desses profissionais tem causado grande instabilidade nas turmas, com interrupções frequentes das aulas e prejuízo direto à formação dos discentes. Muitos estudantes relatam que, devido a esses atrasos, um curso de quatro anos pode acabar sendo concluído apenas após seis ou sete anos.

Um dos casos mais críticos é o do 6º semestre noturno do curso de Letras, cujos alunos aguardam desde agosto o início das aulas de estágio supervisionado — componente obrigatório para a conclusão da graduação. Apesar de existir uma ordem judicial determinando a regularização da situação, a Uneb ainda não cumpriu integralmente a decisão, segundo os estudantes.

Os prejuízos são ainda maiores para alunos com deficiência (PCDs), que enfrentam barreiras adicionais para acompanhar as atividades acadêmicas. “Estamos sendo negligenciados, e a universidade parece não compreender o impacto disso na vida dos estudantes”, desabafou uma aluna, que pediu para não ter seu nome divulgado.

Com o impasse, os universitários cobram uma resposta efetiva da direção do campus e da Reitoria da Uneb. Nossa reportagem tentou contato com o Campus XXI da Uneb, em Ipiaú, por meio de ligação telefônica, mas as chamadas não foram completadas. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos da direção da universidade. 

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