A carência de docentes efetivos tem levado a universidade a recorrer frequentemente à contratação de professores substitutos. No entanto, a falta de renovação dos contratos desses profissionais tem causado grande instabilidade nas turmas, com interrupções frequentes das aulas e prejuízo direto à formação dos discentes. Muitos estudantes relatam que, devido a esses atrasos, um curso de quatro anos pode acabar sendo concluído apenas após seis ou sete anos.
Um dos casos mais críticos é o do 6º semestre noturno do curso de Letras, cujos alunos aguardam desde agosto o início das aulas de estágio supervisionado — componente obrigatório para a conclusão da graduação. Apesar de existir uma ordem judicial determinando a regularização da situação, a Uneb ainda não cumpriu integralmente a decisão, segundo os estudantes.
Os prejuízos são ainda maiores para alunos com deficiência (PCDs), que enfrentam barreiras adicionais para acompanhar as atividades acadêmicas. “Estamos sendo negligenciados, e a universidade parece não compreender o impacto disso na vida dos estudantes”, desabafou uma aluna, que pediu para não ter seu nome divulgado.
Com o impasse, os universitários cobram uma resposta efetiva da direção do campus e da Reitoria da Uneb. Nossa reportagem tentou contato com o Campus XXI da Uneb, em Ipiaú, por meio de ligação telefônica, mas as chamadas não foram completadas. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos da direção da universidade.
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