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terça-feira, junho 25, 2019
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Foto: Divulgação |
Por 3 a 2, a Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (25) manter preso o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre pena desde abril do ano passado por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do “tríplex do Guarujá”. A
maioria dos ministros rejeitou a possibilidade de Lula ficar livre até a
Segunda Turma concluir o julgamento sobre a atuação do ex-juiz federal Sergio
Moro no caso do “triplex do Guarujá”. Os advogados do petista acusam Moro de
parcialidade ao condenar Lula e assumir um cargo depois no primeiro escalão do
governo Jair Bolsonaro. A possibilidade de a Segunda Turma construir uma
“solução intermediária” para retirar Lula da cadeia mesmo sem concluir o
julgamento da suspeição de Moro foi antecipada hoje pelo Estadão. A defesa de
Lula acusa o ex-juiz da Lava Jato de “parcialidade” e de agir com “motivação
política” ao condená-lo no caso do triplex e assumir depois um cargo no
primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro. Apesar do processo que traz
essas alegações ter sido apresentado ao Supremo no ano passado, a defesa de
Lula incluiu na ação conteúdo de supostas mensagens trocadas entre Moro
enquanto era magistrado com procuradores da força-tarefa da Lava Jato,
divulgadas pelo site The Intercept Brasil. As conversas, segundo o site,
sugerem que o então juiz orientou investigações da operação. O ministro da
Justiça de Bolsonaro, porém, tem afirmado não ser possível garantir a
autenticidade das mensagens, pois apagou o aplicativo usado na época e não tem
mais os registros. Ele nega também qualquer atitude contra a lei. Parlamentares
do Partido dos Trabalhadores desembarcaram em peso no STF para acompanhar
presencialmente a sessão. Entre os políticos que compareceram ao Supremo
estavam os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA) e Humberto
Costa (PT-PE), entre outros.
Estadão
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