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terça-feira, março 12, 2019
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Senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) |
Nomeada assessora parlamentar no
gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a jornalista Elisângela Machado
dos Santos de Freitas repassou ao próprio marido 59% dos recursos que recebeu
do fundo eleitoral em sua campanha à deputada federal pelo PRP no Distrito
Federal, no ano passado. Ela obteve 11.638 votos e não se elegeu. Dados do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Elisa Robson, nome usado por ela
na urna, recebeu R$ 25 mil do fundo eleitoral destinado ao seu partido,
constituído por dinheiro público, e gastou R$ 14,9 mil com Ronaldo Robson de
Freitas, com quem é casada. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, Freitas recebeu
R$ 10 mil para “serviços de coordenação de campanha eleitoral”, R$ 4 mil para
“locação de equipamento para gravação de vídeo” e R$ 900 para “serviço de
divulgação de campanha”. Elisângela é administradora da página República de
Curitiba, simpática ao presidente Jair Bolsonaro. No mês passado, ela foi
nomeada pelo filho mais velho do presidente para trabalhar como auxiliar
parlamentar no gabinete dele no Senado, cargo cujo salário inicial é de R$ 5,2
mil.
O Estado ligou para o gabinete de Flávio Bolsonaro na tarde desta
segunda-feira, 11, mas foi informado de que Elisa não estava no local. Ela
ainda não retornou o contato feito pela reportagem. Em sua página no Facebook,
a assessora afirmou que o marido “gerenciou todo o trabalho que foi feito de comunicação
nas redes sociais” pela sua campanha e que “graças ao seu trabalho feito com
esmero, clareza e responsabilidade, encerrei as eleições (mesmo sem nenhuma
experiência em corrida eleitoral) com zero de dívida de campanha e sem dever
nada a ninguém”. “Ele administrou as informações, os posts patrocinados, a
produção de pequenos vídeos e os poucos recursos financeiros que precisaram ser
gerenciados, com gasto total de R$ 30 mil. Inclusive, nossa família de cinco
pessoas está sem carro até hoje porque decidimos dar prioridade financeira para
a minha campanha na época”, escreveu Elisa. Procurada, a assessoria de imprensa
de Flávio Bolsonaro afirmou que o senador não vai se manifestar sobre o caso.
Estadão
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