Casa onde Jorge Amado morou em Ilhéus reúne itens que lembram o escritor


A casa onde o escritor Jorge Amado morou com a família em Ilhéus, no sul da Bahia, se tornou atração turística na cidade. Turistas, fãs e estudantes de todo o país vão até a casa do autor, que completaria 105 anos nesta quinta (10), para conhecer mais sobre ele. No local estão preservados móveis, fotografias, roupas e itens diversos sobre o autor.  Quem entra na casa de Jorge Amado, onde morou até os 18 anos, encontra muita riqueza de detalhes. A arquitetura da casa construída na década de 20 do século passado ainda está preservada. O teto com pintura italiana é todo revestido com madeira de jacarandá e o lustre é da década de 60. Na mesma sala estão em exposição as obras do escritor que foram publicadas em várias línguas, entre elas a versão francesa do livro "O País do Carnaval", de 1931, que foi o primeiro que Jorge escreveu enquanto ainda vivia em Ilhéus. Nesta semana do aniversário do escritor, a casa disponibilizou também a exposição "Candarces", que mostra peças da moda africana, estilo de roupa que o escritor gostava de usar. Além disso, em vários ambientes da casa, há muitos objetos pessoais dele e móveis daquela época que ainda estão intactos.   No local, uma escada em estilo colonial leva o visistante para outros espaços cheios de lembranças, entre eles o quarto de João Amado de Faria e Eulália Leal, pais do escritor. O quarto hoje é uma sala de projeção, onde se pode conhecer mais sobre a história de Jorge Amado através da exibição de vídeos.
 No quartoa há também objetos pessoais e um painel que conta a trajetória de toda família, desde 1911, quando os pais dele se casaram, até 6 de agosto de 2001, quando o escritor morreu. Roberto Rosário, coordenador da casa, fala com orgulho de Jorge e do trabalho no local. “Para a gente é um orgulho Jorge Amado nascer em Itabuna e viver os primeiros anos de vida aqui [em Ilhéus]. A gente está trabalhando para melhorar mais ainda o acervo da casa, e também a conservação da casa”, afirma.  Alunos de escolas da região são presença constante na casa. Durante a visita, os estudantes acabam tendo a curiosidade atiçada e passam a querer conhecer a obra de Jorge Amado. "Tenho vontade de conhecer o livro de Gabriela", diz a estudante Graciele Lima, de 13 anos.

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