Tesouras Notícias
quinta-feira, dezembro 01, 2011
Grupamentos
das polícias Civil e Militar da Bahia passaram a noite de quarta, 30, e a
madrugada desta quinta, 01, em busca dos bandidos que atearam fogo em quatro
ônibus e apedrejaram outros dois em Porto Seguro (a 709 km de Salvador)
espalhando pânico na cidade.
A ação ocorreu após o sepultamento do traficante
Edilson Pereira Viana, 33, o Aleluia, morto, domingo passado, a cerca de 100
metros da delegacia onde depôs sobre a fuga de um preso, no sábado. Antes do
enterro, por volta das 11h40, cerca de 100 pessoas (familiares e amigos de
Edilson) fizeram um protesto em frente à delegacia.
Segundo a polícia, era um grupo de 12 homens e,
até às 20 horas de quarta, quatro dos suspeitos de envolvimento nos ataques
haviam sido detidos. Um deles estava com o corpo cheirando a gasolina.
A ação criminosa atingiu os bairros Baianão,
Paraguai, Casa Nova e o centro da cidade. Um dos ônibus queimados (no bairro
Paraguai) era escolar, os outros coletivos são da Viação Porto Seguro, que não
quis se manifestar sobre o assunto – o valor estimado de cada veículo é de R$
130 mil e R$ 150 mil.
Terror - Nos bairros atingidos, o clima foi de
pânico total segundo os moradores. Os bandidos mandaram os ocupantes descer dos
ônibus, derramaram gasolina e atearam fogo. Duas pessoas ficaram queimadas e
estão no Hospital Luís Eduardo Magalhães, mas a polícia não soube informar se
são vítimas ou participavam da ação criminosa.
Nos bairros e no centro, onde o comércio fechou as
portas, poucos se atrevem a falar sobre o ocorrido. No Baianão, a reportagem
encontrou apenas uma padaria aberta, por volta das 15h30. Além de pôr fogo e
apedrejar ônibus, os bandidos atiraram nas lojas e em um caixa eletrônico.
Vários estilhaços de vidro ficaram espalhados pelas ruas durante todo o dia.
“Aqui onde moro, eram quatro e chegaram em um
carro branco, sedã, quatro portas, todos encapuzados. Botaram fogo no ônibus e
depois saíram atirando nas lojas, e no horário de meio-dia, quando tinha
movimento. Por pouco, não houve morte”, relatou um comerciante do Baianão, que
teve os vidros da loja quebrados.
Escolas dos três bairros e o Instituto Federal de
Educação da Bahia (Ifba) cancelaram as aulas.
0 Comentários