Tesouras Notícias
terça-feira, novembro 29, 2011
O goleiro
Bruno Fernandes, preso sob a acusação de envolvimento no desaparecimento e
possível morte da modelo Eliza Samudio, está há um ano e cinco meses sem jogar
uma partida de futebol oficial. No entanto, vem desempenhando um novo papel na
penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG): faxineiro.
Desde julho deste ano, o jogador é responsável pela manutenção da limpeza do
pavilhão onde está preso. Ele recebe um salário mensal de R$ 409 por mês,
remuneração que segue a determinação da Lei de Execuções Penais (LEP) (¾ do
salário mínimo).
A informação foi dada pela Revista “Veja” e
confirmada junto a Secretaria de Defesa Social (Seds) e ao advogado de Bruno,
Cláudio Delladone. Conforme a Seds, o goleiro é hoje um dos 11.300 presos do
sistema prisional de Minas Gerais que trabalham enquanto cumprem pena. Ele foi
selecionado pela Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade, que é uma
equipe multiprofissional de avaliação, composta por médicos, psicólogos,
enfermeiros, pedagogos, dentistas, gerentes de produção e diretores. O advogado
do atleta afirmou que ele mesmo pediu para realizar as atividades:
– O Bruno falou do desejo de trabalhar no
presídio. Para ele é uma terapia, um momento em que ocupa a mente, já que segue
preso mesmo não sendo culpado. E ele é bem caprichoso – diz Dalledone.
A cada três dias de trabalho, a pena de Bruno será
reduzida em um dia. Como o jogador ainda não foi julgado, só será computado
caso aconteça alguma sentença. Além disso, o dinheiro ganho ajuda o atleta a
pagar a pensão alimentícia das duas filhas, que foi acordada em dois salários
mínimos (uma para cada) no dia em que o goleiro assinou a separação com a
ex-mulher Dayanne Rodrigues.
Novo recurso no STF
O advogado promete entrar com um novo recurso para
pedir habeas corpus para o atleta, que está preso desde julho de 2010. Ele vai
acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), última instância na justiça
brasileira, para conseguir a liberdade do jogador.
– Estou aguardando para fazer o pedido no STF. Não
tem sentido o Bruno continuar preso. E as pessoas estão se aproveitando disso
para caso tenha um júri popular no julgamento dele. Sem corpo não há crime. E
ele conseguindo essa liberdade, a sociedade vai perceber o erro e vai
inocentá-lo – afirma Dalledone. (Extra)
1 Comentários
pra esse miserável é pouco ele tinha que fazer faxina e não receber nada!
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