A Câmara dos Deputados
aprovou, nesta terça-feira (3), o projeto de lei que torna crime hediondo o
homicídio de crianças e adolescentes menores de 14 anos de idade.
Batizada
de Lei Henry Borel, a medida faz referência ao menino de 4 anos, morto após
espancamentos no apartamento em que vivia com a mãe e o padrasto, o ex-vereador
Dr. Jairinho, no Rio de Janeiro.
O
Projeto de Lei 1360/21, de autoria da deputada Alê Silva (Republicanos-MG), já
havia sido aprovado na Câmara, de acordo com o que divulgou o Portal Metrópoles,
parceiro do Bahia Notícias, mas passou por alterações no Senado, e precisou
voltar à Câmara. Agora, após novo aval dos deputados, a proposta será enviada à
sanção presidencial.
Ao
transformar o assassinato de crianças e adolescentes em crime hediondo, a
medida garante que não poderão ser aplicadas normas da lei dos juizados
especiais, como conversão da pena em cesta básica ou em multa. A pena para este
tipo de delito varia entre 12 e 30 anos de prisão.
O
projeto de lei também prevê o aumento da pena em dois terços caso o assassino
seja pai, mão, padrasto, madrasta, tio, irmão, companheiro, tutor, curador,
empregador ou qualquer pessoa que exerça autoridade sobre a vítima.
A
proposta determina que deve ser obrigação das testemunhas denunciar a violência
por meio do Disque 100, conselho tutelar ou autoridades policiais. Caso não o
faça, poderá ser condenada a pena de detenção de 6 meses a 3 anos.
O Senado
aprovou nesta quinta-feira, 4, a medida provisória que garante o pagamento
mínimo de R$ 400 mensais para beneficiários do Auxílio Brasil, programa que
substituiu o Bolsa Família no governo do presidente Jair Bolsonaro. O texto foi
aprovado de forma simbólica e será enviado para sanção presidencial.
Inicialmente,
a medida garantia a transferência de R$ 400 somente até dezembro deste ano.
Após uma investida da oposição para aumentar o benefício em R$ 600 na Câmara e
colocar em risco o benefício pago atualmente, o governo concordou em colocar o
pagamento de R$ 400 de forma permanente. No Senado, o relator da MP, senador
Roberto Rocha (PTB-MA), rejeitou as emendas para aumentar o valor.
No ano
passado, o Congresso liberou a inclusão da despesa no Orçamento sem necessidade
de compensação, driblando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), regra que
será imposta apenas se o valor aumentar nos próximos anos.
O governo
planeja retomar a proposta de excluir o Auxílio Brasil do teto de gastos
públicos, sugestão também defendida hoje pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI),
escolhido como relator-geral do Orçamento de 2023.
Estadão Conteúdo
Os deputados aprovaram na noite desta quarta-feira (4) o Projeto de Lei 2564/20, do Senado, que institui o piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. Antes da votação, a relatora da proposta, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), apresentou parecer favorável ao texto.
“A enfermagem brasileira merece um pouco mais de dignidade, são homens e mulheres com dupla jornada de trabalho. Obrigada a todos vocês por este trabalho, não só durante a pandemia”, disse a deputada Carmen, dirigindo-se à plateia, de maioria composta por representantes da categoria de todo o Brasil, que acompanhou a votação nas galerias do Plenário.
De acordo com a proposta, o valor mínimo inicial para os enfermeiros será de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados. Nos demais casos, o piso será proporcional: 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% do valor para os auxiliares de enfermagem e as parteiras. O texto que foi aprovado altera a Lei 7.498/86, que trata do exercício da enfermagem.
Durante a votação, muitos parlamentares reconheceram o trabalho dos profissionais de saúde, principalmente durante a pandemia da Covid-19. “É a categoria do cuidado, é quem está na cabeceira de leito dos pacientes, enfrentou a Covid com coragem, determinação e sub-remuneração”, declarou a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA).
“Sem os profissionais da enfermagem não temos SUS, não temos saúde pública, não temos aquele conforto necessário a esses pacientes. Portanto, sem os profissionais de enfermagem não tem saúde e o brasileiro é quem perece”, enfatizou o deputado baiano Pastor Sargento Isidório (Avante).
O projeto teve o voto favorável da ampla maioria da Casa. Apenas o Novo declarou voto contrário. O líder do partido, deputado Tiago Mitraud (MG), criticou a proposta por ter alto impacto orçamentário.
FONTES DE FINANCIAMENTO
Apesar da aprovação, o piso salarial só seguirá para sanção presencial após acordo sobre as fontes de financiamento. “Conforme assumido com a enfermagem brasileira, não será na semana que vem que este projeto seguirá para sanção presidencial, mas sim tão logo garantirmos o respectivo financiamento”, disse a relatora da proposta, deputada Carmen Zanotto.
Uma das propostas essenciais para o financiamento é a PEC 122/15, do Senado, que proíbe a União de criar despesas aos demais entes federativos sem prever a transferência de recursos para o custeio. A PEC ainda precisa ser votada pela Casa.
O Brasil
registrou 108 mortes por Covid e 21.748 casos da doença, nesta terça-feira (3).
Com isso, o país chega a 663.765 vidas perdidas e a 30.478.621 pessoas
infectadas pelo Sars-CoV-2.
O Espírito
Santo não divulgou dados de mortes e casos nesta terça.
A média móvel
de óbitos teve alta de 8% em relação ao dado de duas semanas atrás e agora é de
118 por dia. É o quinto dia de alta. Mas vale lembrar que, na última semana, o
Rio de Janeiro incluiu 85 mortes registradas em 2020, valor que ainda impacta a
média móvel atual. Além disso, o feriado de Tiradentes também pode influenciar,
com atrasos, os valores vistos.
Já a média de
casos agora é de 14.847, variação de 5% em relação, novamente, a duas semanas
atrás.
Os dados do
país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL,
O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números
relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo
consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde
estaduais.
Em relação à
vacinação, o Brasil registrou 428.585 doses de vacinas contra Covid-19 nesta
terça. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 31.407
primeiras doses e 127.187 segundas doses. Também foram registradas 1.550 doses
únicas e 268.441 doses de reforço.
Ao todo,
177.300.070 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a
Covid no Brasil –159.580.412 delas já receberam a segunda dose do imunizante.
Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 164.363.406
pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país
já tem 82,53% da população com a 1ª dose e 76,51% dos brasileiros com as duas
doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Até o momento,
87.052.949 pessoas já tomaram dose de reforço, o que representa 40,52% da
população brasileira. Outros 1.806.596 tomaram a quarta dose da vacina.
O consórcio
reúne também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população
de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina
recebida) é de 57,78%, totalizando 11.844.031. Na mesma faixa etária, 27,08%
(5.550.639) recebeu a segunda dose ou a dose única.
Os dados da
vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do
Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização
em diversos estados por longos períodos de tempo.
O consórcio de
veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira
usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados
usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses
valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas
vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados
anteriormente.
Mesmo quem
recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados
básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.
A iniciativa
do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo
Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença
e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos
e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Folhapress
O site do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou por instabilidade momentânea nesta
segunda-feira (2). A lentidão ocorreu às vésperas do encerramento do prazo para
regularização, transferência e emissão do título de eleitor.
De acordo com
o TSE, o problema foi causado pelo alto número de acessos. Técnicos do tribunal
trabalham para restabelecer os sistemas.
Quem quiser
votar nas eleições 2022 tem até a próxima quarta-feira (4) para emitir ou
regularizar o título de eleitor. Esse é o prazo legal para que a Justiça
Eleitoral conclua o cadastro de todo o eleitorado apto a votar em outubro.
Todos os
procedimentos relativos ao título de eleitor, incluindo a emissão do documento
pela primeira vez, podem ser realizados inteiramente online, sem a necessidade
de sair de casa, por meio do Atendimento Online ao eleitor.
Agência Brasil