Tesouras Notícias
domingo, março 23, 2014
A partir de setembro deste ano, o mundo poderá dispor de uma vacina capaz de imunizar a população contra os quatro sorotipos de vírus que causam a dengue, inclusive na sua manifestação mais grave: a hemorrágica.
Tudo dependerá do resultado da avaliação que a comissão de experts no assunto, escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), fizer do produto imunizante desenvolvido pelo laboratório Sanofi Pasteur e que é o único a se encontrar na fase clínica.
Entre os cientistas que participam da avaliação da OMS está a pesquisadora baiana e membro do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, a médica infectologista Glória Teixeira. Segundo ela, são grandes as expectativas para o resultado, porque a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti não é um problema que afeta apenas os países subdesenvolvidos, mas é uma ameaça em todo o mundo, inclusive nos países ricos.
“Atualmente, além dessa vacina, estão em desenvolvimento outros imunizantes, como o desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK), o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e o Instituto Butantan, o problema é que essas substâncias ainda se encontram na fase 1 ou 2 dos testes”, esclarece Glória Teixeira.
Os encontros para avaliação do produto serão realizados em junho, em Lion(França) e em setembro, em Genebra (Suíça). De acordo com diretora de saúde pública da Sanofi, a médica Lucia Bricks, os estudos clínicos mostram que a vacina tetravalente contra a dengue é bem tolerada, com perfil de segurança semelhante após cada uma das doses. “Os resultados preliminares de eficácia demonstram, pela primeira vez, que uma vacina candidata contra a dengue é capaz de proteger contra a doença. Em 2014, estão previstos os resultados dos estudos de fase III, em mais de 31 mil indivíduos, que vão avaliar a eficácia da vacina em uma população mais ampla e em diferentes ambientes epidemiológicos”, comenta.
Em 2011, essa mesma comissão participou da avaliação de uma versão anterior apresentada pelo mesmo laboratório, no entanto, na época, o produto apresentado não mostrou efetividade na imunização contra o sorotipo DEN2. “Na época, a comunidade científica ficou bastante desanimada, pois era e ainda é o estudo mais avançado que dispúnhamos”, completa Glória Teixeira. Correio24horas
Tesouras Notícias
domingo, março 23, 2014
Em meio à crise do setor energético e a possível necessidade de um novo racionamento de energia no Brasil, o consumidor comum é quem vai acabar pagando a conta. Isso só deverá acontecer em 2015, depois que a Copa e as eleições tiverem passado. Mas, quando a conta vier, virá alta. É o que dizem especialistas ouvidos pelo Correio. Segundo eles, os subsídios bilionários que o governo tem dado ao setor energético para evitar uma alta do preço da energia resultarão em um doloroso golpe no bolso do consumidor no ano que vem. Ou seja, o aumento na conta de luz será alto.
Inevitável
Para o diretor do Centro Brasileiro de Energia e Mudança do Clima (CBEM), Osvaldo Soliano, o aumento do preço da energia é inevitável. Isso porque o governo tem apostado em acionar as termelétricas, modalidade de energia que custa muito mais que a hidrelétrica. “Tendo ou não racionamento, a tarifa vai explodir. No país, todas as termelétricas estão sendo acionadas. As termelétricas têm energia de reserva, não foram feitas para funcionar o ano inteiro”, explica.
Com isso, o preço da energia disparou. No mercado livre, o megawatt hora (MWh) subiu de R$ 214, em fevereiro do ano passado, para R$ 822 em fevereiro deste ano. Por conta disso, o governo já repassou às distribuidoras R$ 9 bilhões em 2013 e planeja repassar mais R$ 4 bilhões este ano. A ideia é evitar um rombo nas empresas, obrigadas a comprar energia nas térmicas.
Para pagar essa conta, o governo ainda planeja um aumento de tributos. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica também vai contratar financiamentos no valor de R$ 8 bilhões para manter os preços sob controle.
O coordenador do Laboratório de Energia e Gás (Len), da Ufba, Ednildo Torres, também afirma que a sociedade vai pagar essa dívida. “O governo deveria incentivar, desde agora, o brasileiro a economizar energia, a única coisa que poderia evitar um preço muito mais alto no ano que vem”, afirmou. “Em vez disso, o governo tem sido irresponsável e pouco transparente”. Além dos gastos com os subsídios, o governo tem uma dívida relativa a indenizações devidas à Associação Brasileira de Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate).
De acordo com o diretor-executivo da associação, César de Barros Pinto, as grandes empresas transmissoras de energia estão em situação financeita ruim pelo não pagamento dessas dívidas. “Acredito que essa dívida pode chegar a R$ 20 bilhões”, calcula. Ele também acredita que o consumidor acabará pagando a dívida.
Racionamento Para os analistas, o risco de um racionamento de energia no país é bem maior do que o governo tem sinalizado. “Isso é evidente. Se o Brasil não contar com São Pedro, vai ter racionamento”, afirma Soliano. Segundo ele, a grave situação dos reservatórios de água utilizados para a geração de energia é um indicativo do risco.
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reviu para baixo a previsão de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste no fim de março. A expectativa é que eles fiquem em 38,2%. Nos dias anteriores, os reservatórios da região marcavam 35,8%, um pouco acima do registrado em março de 2001, quando houve o racionamento de energia.
“O período de chuvas nas regiões de cabeceira dos rios, como Minas Gerais e Mato Grosso, acaba em março. Os seis meses seguintes são tipicamente mais secos”, explica Soliano. “Se não chover até meados de abril, é provável que haja racionamento em julho ou agosto”, calcula.
Governo A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia, mas ninguém concedeu entrevista. Porém, recentemente, o governo admitiu ter acendido o “sinal amarelo” para a possibilidade de racionamento. Ainda assim, continuou negam a existência de risco de racionamento de energia.
Governo vê energia reserva como saída para setor
A aposta do governo para contornar a crise é a chamada “energia reserva”. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já aprovou o uso do saldo dessa energia para abater os gastos das distribuidoras. A estimativa é a de arrecadar R$ 2,9 bilhões com a venda de energia reserva apenas este ano.
Essa energia reserva funciona como um colchão de segurança para o setor elétrico. Trata-se de uma contratação extra de energia, feita frequentemente pelo governo, por meio de leilões. Essa política foi adotada desde 2009 e inclui apenas usinas de fontes limpas, como as que usam biomassa, as eólicas e as pequenas centrais hidrelétricas. Esses contratos, pagos pelos consumidores, servem para atender as distribuidoras que, por algum motivo, não tenham energia suficiente para atender a demanda de consumo.
No entanto, este ano, como o preço da energia disparou no mercado, essa venda de energia começou a render. Já há um saldo nessa conta de aproximadamente R$ 300 milhões. Até o fim de 2014, em um cenário conservador, esse saldo pode chegar a R$ 2,9 bilhões. Como a receita é grande e o setor está acumulando dívidas, a Aneel criou a possibilidade de transferir parte desse saldo para abater a dívida das distribuidoras.
De acordo com a decisão da Aneel, 79% do saldo disponível poderá servir para abater da dívida dessas distribuidoras. O restante será usado para beneficiar os consumidores livres, ou seja, donos de grandes contratos, como indústrias, por exemplo, que não usam energia das distribuidoras convencionais.
Controle de preço da energia pode elevar inflação e risco
Um dos conselheiros na área econômica da presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro Delfim Netto criticou, esta semana, a política do governo de tentar controlar o preço da energia elétrica para moderar a inflação. Na avaliação do ex-ministro, é necessário reduzir a demanda de energia. O calor e a falta de chuvas elevaram o consumo e reduziram o volume de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. “Ninguém corta o consumo debitando a conta no Tesouro”, disse. “Não adianta empurrar a inflação pra frente”, completou.
Segundo ele, essa estratégia do governo de postergar aumentos de preços tem elevado a desconfiança de empresários com a economia brasileira, o que deprime investimentos e afeta o crescimento. “Estamos repetindo erros controlando preços. Não vejo nenhuma vantagem nisso”, afirmou. Entre o final dos anos 70 e início dos 80, o ex-ministro adotou essa estratégia para domar os índices de preços, que disparavam na esteira da elevação dos preços dos combustíveis.
Os repasses às distribuidoras também foram criticados pela agência de classificação de risco Fitch. Em nota, a agência previu que, em 2014, “o setor estará em uma posição difícil, pois os níveis dos principais reservatórios do país estão similares ao observado durante o racionamento de 2001”.
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domingo, março 23, 2014
Criado em maio de 2012 como resposta do Senado à necessidade de transparência, o Portal e-Cidadania tem como principal função receber sugestões de lei elaboradas pela própria população. Mas a dois meses de completar dois anos, apenas duas propostas atingiram a meta de 20 mil apoios virtuais necessários para ganhar o direito de ser debatido pelos parlamentares antes de virar projeto de lei. Uma delas é bem polêmica: a que regulamenta o uso recreativo, medicinal e industrial da maconha. A proposta foi oficialmente registrada no e-Cidadania em 30 de janeiro pelo carioca André Kepper, de 32 anos. Ao contrário das outras 1.330 ideias que chegaram ao site e ficaram pelo caminho, a dele precisou de oito dias para atingir as 20 mil recomendações necessárias, feito só alcançado por outra proposta até agora, a que regulamenta o marketing de rede (negociação de bens e serviços entre o fabricante e consumidor sem intermediários). Em sua proposta, Kepper explica que “o mercado não regulado da maconha causa violência, crimes e corrupção”. “A maconha deve ser regularizada como as bebidas alcoólicas e cigarros”, diz. “A lei deve permitir o cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores, licenciamento de estabelecimentos de cultivo e venda da maconha no atacado e no varejo, além de regularizar o uso medicinal.” Agora que já pode ser discutido, o texto foi entregue a um relator, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que terá a missão de debater o assunto na Comissão de Direitos Humanos para só então decidir se a sugestão de Kepper deve se transformar em um projeto de lei. “Não podemos rasgar o que o povo manda. Precisamos discutir e ter coragem de fazer um relatório e depois tomar uma decisão”, afirma Buarque, que pediu à Consultoria Legislativa um estudo sobre a viabilidade de transformar a ideia em projeto de lei. Enquanto isso, na Câmara, o deputado Eurico Júnior (PV-RJ) protocolou um projeto de lei que propõe a legalização do cultivo e comercialização da erva no País. Decisão idêntica foi tomada pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) com uma proposta em contraposição ao projeto de Osmar Terra (PMDB-RS), que não só aumenta as penalidades para traficantes como não limita a quantidade da droga necessária para determinar se o portador é usuário ou traficante. A polêmica vem ganhando as páginas do noticiário nacional principalmente depois que o Uruguai decidiu encarar o assunto de frente. Para Buarque, o Brasil também precisa discutir o assunto. “Eu não vou devolver o processo só porque é um tema tão polêmico. Eu vou assumir a responsabilidade de fazer um relatório com a posição que eu achar mais correta.” Além das sugestões legislativas, a população protocolou 645 propostas de debate no e-Cidadania. Nesse caso, são necessários 10 mil apoios em três meses para que o debate seja despachado para alguma comissão. Até agora, no entanto, apenas uma audiência pública aconteceu: a que pede a contratação de fisioterapeuta nas empresas.
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domingo, março 23, 2014
A família da professora Josetina de Souza Henrique foi vítima na manhã deste sábado, 22, do que pode ser considerado uma nova modalidade de crime. Por volta de 11h30, Josetina, o marido e a filha estavam indo para a residência do casal, em Alphaville, quando resolveram parar na loja Ferreira Costa, na avenida Luís Viana (Paralela), para comprar flores. A compra não durou mais do que 15 minutos, de acordo com a professora. Quando retornaram ao carro, modelo Pajero, que estava no estacionamento da loja, deram falta de algumas moedas e outros objetos pequenos que haviam sido deixados dentro do veículo. Somente quando chegaram em casa é que perceberam o sumiço de duas malas, que estavam alojadas no porta-malas do veículo. "Retornamos à loja e alguns funcionários disseram que este tipo de crime é recorrente. Explicaram que os ladrões utilizam um aparelho que bloqueia o alarme do carro, então o motorista não percebe que ele não foi travado.Depois os criminosos vão lá e abrem a porta sem problemas", enfatiza Josetina. Os três prestaram queixa na 12ª Delegacia Territorial, em Itapuã. Em entrevista ao Portal A TARDE, a delegada Marialda Souza dos Santos afirmou desconhecer esta nova modalidade de furto. "É a primeira vez que ouço falar deste tipo de crime, mas vamos acionar a loja na segunda-feira para solicitar as filmagens das câmeras de segurança", explica a delegada. O gerente da Ferreira Costa, Pedro Souto, revela que a equipe de segurança do estabelecimento realizou um levantamento das imagens registradas pelas câmeras, mas não encontrou nada que sugerisse a ação dos criminosos. "Não achamos nada nas câmeras nem no carro, que também não apresentava sinais de arrombamento. Além disto, nossa política de segurança não garante os pertences internos, somente se o veículo for levado. É o caso da polícia verificar se está ocorrendo este tipo de arrombamento em Salvador", ressalta. Dentro das malas furtadas estavam documentos pessoais, cartões de crédito, bolsa e o uniforme de trabalho da filha do casal, que é comissária de bordo.