Continuação


O coordenador da pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), José Albertino, acredita que o ano letivo está sim “muito comprometido”. “Temos medo agora é que o ano seja cumprido às pressas, com atividades em equipe ou trabalhos em geral”, avalia. Para ele, nenhuma reposição de aulas que anexe dois anos letivos poderá repor as aulas com qualidade. “O que pode haver é a psicologia do massacre, quando um ano é emendado ao outro e não se dá a oportunidade de alunos e professores se prepararem para um novo ano”, pontua. O especialista acrescenta que grandes períodos de pausa no ano comprometem gravemente o processo de aprendizado dos alunos. “Nós temos, inclusive, teses de doutorado que comprovam os prejuízos dos processos de interrupção de aulas”, diz. Entre os mais afetados, José Albertino indica os estudantes do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), ministradas à noite. “Essas turmas têm pessoas de idades mais avançadas, que trabalham e possuem pouco tempo. Por isso, são as turmas com maiores níveis de evasão escolar. Nós tememos é que esses alunos desistam deste ano letivo”, avalia. (G1)

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