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Por outro lado, essas pessoas poderão garantir que milhões de crianças abandonadas tenham direito ao afeto. Será que preferimos a marginalidade ou temos que acreditar no senso comum, de que pais homoafetivos não têm condições de educar crianças e fazerem delas adultos felizes e saudáveis?

Como sempre, somos reprodutores de uma ideia dominante, que nos convence, ao ponto de validarmos como verdade, tornando-a um dogma. Se os valores são fruto de um processo de apreensão e interpretação sobre os quais creditamos a verdade, eles podem ser mudados e reconceituados.

Portanto, vamos permitir que as pessoas sejam felizes, vamos pensar que a nossa forma de ser e de viver não é a melhor e a mais saudável, vamos entender que direitos garantidos devem ser respeitados, vamos pensar que vivemos em uma sociedade diversa e diverso tem que ser o direito para promover a igualdade, vamos sair do quadrado e enfrentar as demandas sociais para vivermos em harmonia, garantindo que nossa sociedade seja livre, justa e solidária e sem preconceitos.

Parabéns a todos os coordenadores e idealizadores que fizeram com que esse projeto se realizasse, e mesmo diante dos obstáculos, não desistiram de tirar 03 casais da clandestinidade, tornando-os verdadeiros cidadãos e iguais em direito.

Valéria Ettinger é professora universitária e mestranda em gestão social e desenvolvimento (Ciags/Ufba)

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