A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta terça-feira (25), a Operação Gênesis, que investiga um suposto esquema de fraude em licitações, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos da Prefeitura de Itacaré, no Litoral Sul da Bahia.
Mandados em várias cidades
Além de Itacaré, estão sendo cumpridos cerca de 30 mandados de busca e apreensão nos municípios de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, Ubaitaba e Jequié, além da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. A ação é realizada de forma integrada entre PF e CGU.
Afastamento de servidores e bloqueio de bens
A Justiça Federal determinou o afastamento cautelar de sete agentes públicos do município e autorizou o sequestro de bens dos investigados, que pode chegar ao valor estimado de R$ 20 milhões. A medida visa evitar interferência nas investigações e garantir possível ressarcimento aos cofres públicos.
Esquema funcionava desde 2018
De acordo com a Polícia Federal, o grupo teria atuado entre os anos de 2018 e 2024. Duas empresas locais, registradas em nome de “laranjas” e sem estrutura operacional para contratos de grande porte, teriam recebido mais de R$ 30 milhões em recursos públicos.
Próximos passos
Parte expressiva dos valores teria sido desviada com a participação de agentes públicos municipais, empresas e intermediários. Nesta fase, a operação busca aprofundar a produção de provas, identificar o nível de envolvimento de cada investigado e assegurar a recuperação do dinheiro público.
Os suspeitos poderão responder por crimes como fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro. Novos crimes poderão ser incluídos no decorrer das investigações.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22). Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta sexta-feira (21) o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocou, pelas redes sociais uma vigília de orações próxima à casa onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes diz que a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar "eventual tentativa de fuga do réu". Foi ainda verificada tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.
Moraes também determina que seja realizada, neste domingo (23), audiência de custódia, por videoconferência, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, além da disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao réu.
A decisão diz ainda que todas as visitas deverão ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção da dos advogados e da equipe médica que acompanha o tratamento de saúde do réu.
Também nesta sexta, a defesa de Jair Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente.
Segundo os advogados, Bolsonaro tem doenças permanentes, que demandam "acompanhamento médico intenso" e, por esse motivo, o ex-presidente deve continuar em prisão domiciliar. O pedido da defesa pretende evitar que Bolsonaro seja levado para o presídio da Papuda, em Brasília.
A partir de 21 de novembro, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começará a exigir cadastro biométrico para novos pedidos de benefícios, como forma de combater fraudes. A medida não se aplica a benefícios já ativos, e quem já é aposentado, pensionista ou recebe algum auxílio não precisa tomar nenhuma providência imediata.
O documento de referência para o registro biométrico será a Carteira de Identidade Nacional (CIN). Inicialmente, poderão ser aceitas biometrias da CIN, da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou do Título de Eleitor. Para beneficiários sem biometria, a CIN será obrigatória a partir de 1º de maio de 2026, e em 1º de janeiro de 2028 se tornará o único documento aceito.
Alguns grupos estão dispensados da exigência: pessoas com mais de 80 anos, com dificuldade de locomoção, moradores de áreas de difícil acesso, migrantes em refúgio, apátridas e residentes no exterior. Temporariamente, até 30 de abril de 2026, não será necessária biometria para quem solicitar salário-maternidade, auxílio por incapacidade temporária ou pensão por morte.
O INSS garante que os beneficiários serão avisados com antecedência e que não haverá impacto nos pagamentos durante a atualização do cadastro.
Do Bahia Notícias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, na última sexta-feira, 14, uma lei que cria mais de 300 funções comissionadas (FCs) no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Lei 15.262/25 é resultado de projeto de autoria do próprio STJ, aprovado pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
O projeto, relatado pelo deputado federal Gabriel Nunes (PSD-BA), cria 330
funções no nível FC-6, que substituirão gradualmente funções atualmente
existentes nos níveis FC-2, FC-4 e FC-5.
O parlamentar afirmou que a mudança valoriza o trabalho na atividade-fim do
tribunal. "Faz frente a um desafio concreto da Corte: a crescente
complexidade dos processos e a consequente necessidade de quadros qualificados
e comprometidos com a excelência da prestação jurisdicional", afirmou
Gabriel Nunes.
Com a nova lei, o custo estimado das funções para o segundo semestre de 2025 é
de R$ 8,7 milhões, incluindo encargos e benefícios proporcionais.
Para 2026, o impacto previsto no orçamento federal será de R$ 17,49 milhões, valor
que, segundo o STJ, já está contemplado dentro do teto orçamentário, sem
necessidade de suplementação.
Atualmente, o sistema da Corte conta com 38 servidores, sendo 24 do quadro
permanente. Desses, 22 ocupam funções comissionadas, distribuídas entre uma
FC-5, sete FC-2 e catorze FC-4.
"Com a lei, as novas FCs-6 substituirão gradualmente parte dessas funções
para estimular o desempenho técnico e a especialização das equipes",
aponta a proposta.
A presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Resende, esteve presente durante as mobilizações
O
Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio do Núcleo Permanente de Métodos
Consensuais de Soluções de Conflitos (Nupemec), promoveu ações em Salvador e
Feira de Santana durante a Semana Nacional de Conciliação 2025, realizada entre
os dias 3 e 7 de novembro. A mobilização, estimulada pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) e vinculada à Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequado
dos Conflitos de Interesses (Resolução CNJ n. 125/2010), reforça a importância
da solução consensual de demandas por meio da escuta, do diálogo e da
construção conjunta de soluções pacíficas.
Em
Salvador, o primeiro dia de atividades contou com audiências de saúde relativas
a processos da 8ª Vara de Fazenda Pública. As sessões ocorreram no Centro
Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Fazendário, no Fórum
Orlando Gomes, com apoio da Diretoria do Primeiro Grau do TJ-BA.
Em
Feira de Santana, a Semana Nacional de Conciliação foi marcada por um Mutirão
Fazendário envolvendo as duas Varas de Fazenda Pública da comarca. As
atividades incluíram a conciliação de processos tributários e acordos de IPTU
envolvendo CNPJ, facilitando o acesso da população à Justiça e incentivando a
mediação como caminho de resolução.
Entre
4 e 6 de novembro, uma das varas atuou em um Mutirão de Saúde, em parceria com
a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e com alunos da Faculdade Unex. A
outra concentrou esforços na área tributária, em colaboração com a
Faculdade Unifan, com atendimentos realizados no 4º andar do fórum da
comarca ao longo de toda a semana.
O encerramento das ações contou, também, com a inauguração do Cejusc de Saúde, instalado na Faculdade Unex. A presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Resende, esteve presente durante as mobilizações.
Ao final da Semana Nacional de Conciliação 2025, foram firmados 1.005 acordos,
resultado que demonstra o compromisso institucional do TJ-BA com a ampliação do
acesso à Justiça e com a promoção de soluções mais céleres e eficazes para a
população. Iniciativas como essa fortalecem a cultura do diálogo, contribuem
para a redução da litigiosidade e reafirmam o papel do Tribunal como agente
ativo na construção de um Judiciário mais humanizado, eficiente e próximo do
cidadão.
Do Política Livre