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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
A
decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de
restabelecer a maior parte do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mesmo após sua revogação pelo
Congresso, desmoralizou o Legislativo. Parlamentares e analistas
ouvidos pela reportagem criticaram a decisão e afirmaram que haveria uma ação
conjunta do Executivo e do Judiciário, mas nenhuma reação concreta está em
andamento no Congresso até o momento.
O
1º vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), presidiu a
sessão plenária após a divulgação da decisão de Moraes no início da noite de
quarta-feira e a classificou como uma “desmoralização para o Congresso
Nacional”. Altineu disse estar “se sentindo muito mal como parlamentar” diante
da derrubada de uma decisão contra a elevação do imposto que havia sido tomada
por 383 deputados e ratificada por unanimidade no Senado.
O
deputado Coronel Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, disse que a medida
é autoritária, inconstitucional e representa uma afronta à soberania do
Congresso Nacional. Zucco afirmou ainda que o STF, ao alegar a função de
mediador de conflitos, acaba atuando em favor de um governo que, em suas
palavras, “não consegue cortar gastos e segue penalizando quem produz e
consome”.
Para
o deputado, o país está “refém” de uma aliança entre o Executivo e o STF, que,
juntos, estão enfraquecendo os mecanismos democráticos de freios e contrapesos,
fundamentais para o equilíbrio entre os poderes.
Informações do Gazeta do Povo
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