Em conversa com a imprensa, o parlamentar ressaltou que foram mais de 30 projetos, muitos deles, que sequer passaram pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e que tendem a ser barrados pelo governador Jerônimo Rodrigues.
“Projetos que vão trazer despesa para o Governo do Estado e o Governo vai vetar. Estão sem nenhuma análise técnica, aí na pressão de votar, foram votados”, criticou. Robinho também frisou que o caminho mais saudável para evitar o acúmulo de projetos em apreciação na Casa é pautar a votação nos dias habituais de sessão, ao longo do ano. “O próprio líder do governo [Rosemberg Pinto] questionou aqui que na segunda-feira não precisava nem ter sessão por falta do que votar. Então, está provado que a gente tem que distribuir esses projetos”, completou.
Na tarde de hoje, além dos projetos de autoria dos deputados, foram aprovados o primeiro turno da Lei Orçamentária Anual (LOA); o reajuste das taxas de órgãos governamentais, entre eles, os cartórios; e a prorrogação da vigência dos contratos dos trabalhadores admitidos pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).
Aos jornalistas, o presidente Adolfo Menezes (PSD) reconheceu que a sessão foi tumultuada e admitiu que houve falhas. “Eu assumo como presidente e acredito que essa é uma falha coletiva que, às vezes, muitos projetos de resolução, Comendas 2 de Julho e títulos de cidadão acabam se acumulando e não votamos nas sessões normais”, disse. Menezes também prometeu que, em 2024, os trabalhos serão conduzidos de forma mais dinâmica e falhas como essas não se repetirão.
CAPITAL DO BISCOITO
Um dos projetos avaliados como “desnecessários” por alguns parlamentares foi o do deputado Tiago Correia (PSDB) que institui a cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste do Estado, como a capital do biscoito. O projeto foi alvo de questionamentos dos deputados em plenário, inclusive, do próprio presidente da AL-BA, Adolfo Menezes.
Vale ressaltar que Vitória da Conquista já é conhecida como a “Suíça baiana” devido às baixas temperaturas. Ao final da sessão, o deputado Tiago Correia distribuiu o projeto aos jornalistas presentes e defendeu a proposta: “O meu projeto tem fundamentação, estou entregando e peço que vocês leiam”, frisou.
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