O cultivo do cacau cabruca e as novas regras na Bahia


Produzir mais cacau na mata atlântica, sem prejudicar a preservação do bioma. O que parecia um sonho, tanto para cacauicultores como para ambientalistas, agora pode se tornar realidade. Depois de várias discussões, foi publicada nesta quarta (17/4) a chamada “Portaria da Cabruca”, que define um novo modelo de manejo para o cacau cultivado junto com as outras árvores da mata, no meio do bosque. Cabruca é o sistema de produção agroflorestal em que a sombra das outras árvores ajuda no desenvolvimento do cacaueiro. A portaria, publicada no Diário Oficial, é assinada em conjunto pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hidricos (Inema).

“Além da certeza da preservação da mata atlântica, a portaria estimula a manutenção do agrossistema e o enriquecimento das cabrucas com espécies nativas, com ganhos ambientais. O cacau é uma planta conservacionista e graças a esse cultivo o sul da Bahia possui grandes áreas de Mata Atlântica. É um produto inserido na sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental”, diz o Secretário de Meio Ambiente da Bahia, João Carlos Oliveira. Ao contrário do cultivo a pleno sol, que é muito utilizado atualmente, as plantações no sistema cabruca são mas tradicionais. Elas começaram a ser implantada no sul da Bahia no fim do século XVIII pelos antigos desbravadores das florestas tropicais, e são consideradas patrimônio regional.


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