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quarta-feira, novembro 02, 2016
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Projeto foi rejeitado por 40 votos |
Um polêmico
projeto que concedia aposentadoria de 15.187 reais aos vereadores que
completassem três mandatos consecutivos ou quatro intercalados e que também são
servidores públicos municipais foi rejeitado por 40 votos e 11 abstenções pela
Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no início da noite desta terça-feira (1º).O projeto estipulava que esses vereadores, ao se aposentarem,
receberiam o salário de sua função como servidor e mais os 15.187 reais, que é
o salário dos secretários municipais. A autoria é do vereador João Cabral
(PMDB), professor da rede municipal que não se reelegeu na eleição de 2 de
outubro. Ele negou ter interesse próprio no projeto: “Eu já estou aposentado. O
que estão dizendo é mentira. Não é para todos os vereadores, e sim para os que
já estão há pelo menos 12 anos na Câmara. Se o funcionário que tem cargo
comissionado incorpora o vencimento, por que vereador não pode? Ele é uma
praga? Só porque há sujeira em Brasília o pessoal pensa que isso engloba todo
mundo”, disse Cabral nesta terça-feira.
Na
justificativa oficial do projeto, o vereador escreveu que “a igualdade entre
todos os funcionários tem que ser efetiva, inclusive sob o aspecto financeiro,
fazendo justiça aos funcionários que por dedicação e competência conseguem, por
desejo da população, ser eleitos vereadores da cidade do Rio”. Hoje, o salário
de vereador no Rio é de 18.991,68 reais.
O projeto
seria votado na semana passada, mas foi transferido para a pauta desta
terça-feira. A iniciativa levou à criação, nesta segunda-feira, da petição
online “Não vai ter mesada”, que recolheu assinaturas contra a aprovação do
projeto. Diante da repercussão negativa, ele chegou a ser retirado da pauta,
mas foi incluído numa sessão extraordinária que começou às 18h desta
terça-feira. Rejeitado, agora será encaminhado para arquivamento.
Estadão Conteúdo
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