Pedido de impeachment de Temer é ‘manto de insegurança jurídica’, critica Wagner


Foto: Júnior Moreira/ Bahia Notícias

Homem de confiança da ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, o ex-ministro Jaques Wagner criticou o eventual uso do instituto do impeachment com o atual presidente Michel Temer, o que coloca “sobre o Brasil um manto de insegurança jurídica”. “Esse foi um processo que a violência já ocorreu. Não acho que, para uma violência, vão propor uma outra violência. Ele vai terminar o mandato dele sempre com essa marca da ilegitimidade”, afirmou Wagner neste domingo (27), durante o hasteamento da Bandeira Azul na Ilha dos Frades. “Quando você pega um instrumento tão nobre quanto o impeachment, os deputados e senadores tirarem o mandato de alguém que chegou lá pelo voto popular, quando se banaliza isso. Então amanhã o cara não gosta do prefeito, não gosta do governador, vamos fazer o impeachment. Se brincou com uma ferramenta nobre”, sugeriu o ex-governador baiano, citando que pode haver a extensão do instrumento para os níveis estadual e municipal. Wagner, todavia, frisou que, apesar de discordar “de uma nova agressão”, “a crítica tem que continuar sendo feita”. "Se não fizer reforma política, a democracia brasileira está fadada ao fracasso", concluiu o ex-ministro. BN

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