MEC implanta impressão digital para evitar fraudes no ENEM

O Ministério da Educação (MEC), no próximo final de semana (5 e 6 de novembro), irá recorrer à biometria para fazer o reconhecimentos individuais dos estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O MEC, no entanto, não divulgou se o cadastramento de impressões digitais será feito no primeiro ou no segundo dia, ou se em ambos.De acordo com o Ministério, o objetivo é que os participantes sejam surpreendidos e não possam enviar outra pessoa em seu lugar para fazer as provas. É esperado que oito milhões de jovens passem pela experiência, destes, 2,2 milhões estão no último ano do Ensino Médio. Com o exame, o candidato pode tentar ingressar em uma das 500 universidades que utilizam a prova como seleção.De acordo com Phil Scarfo, especialista em biometria e vice-presidente global de vendas e marketing da HID Biometrics, a autenticação da ‘impressão digital’ tem o mais alto valor de uso no nosso dia a dia, já que se trata de um atributo físico inviolável, que não pode ser alterado por criminosos.
Num futuro próximo, não vamos precisar de bolsa nem carteira, apenas dos nossos dedos para fazer uma série de atividades, incluindo as acadêmicas. Por isso, é uma grande ideia usar a impressão digital para autenticar pessoas que estão participando de um grande processo de seleção. Quando os leitores de impressão digital de alta qualidade e segurança estiverem disponíveis nos smartphones, meios de transporte, locais de trabalho, caixas eletrônicos, escolas, hospitais, academias de ginástica etc., tudo o que fizermos terá um nível de segurança imensamente maior do que hoje”, pontuou.O especialista destaca ainda que a maioria dos documentos expedidos atualmente conta com registros de impressão digital: documento de identidade (RG), passaporte, título de eleitor, carteira de motorista etc. “O Brasil está fazendo um enorme banco de dados de impressões digitais, o que permitirá em breve cruzar informações que serão muito úteis para agilizar processos e aumentar a segurança dos cidadãos. A possibilidade de saber ‘quem’ está fazendo ‘o quê’ evita um número enorme de fraudes e ações mal-intencionadas. Além disso, finalmente as pessoas começam a aposentar as senhas alfanuméricas usadas nos últimos 60 anos”, completou.No aspecto acadêmico, Scarfo diz que o uso de autenticação de impressão digital não é importante somente no controle de acesso dos estudantes às escolas e universidades, mas em tantas outras situações em que é fundamental haver maior supervisão.

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