Agência dos Correios é assalta em Barro Preto


A agência dos Correios da cidade de Barro Preto (a 444 km de Salvador) foi assaltada nesta terça-feira, 2, por criminosos armados e encapuzados. Eles já chegaram na agência com um refém, depois de provocarem um acidente em meio a uma emboscada, batendo de frente contra o carro dos Correios, que tinha saído de Itabuna para Barro Preto. Conforme os relatos do refém, que foi liberado algumas horas depois, um carro de passeio com três ocupantes colidiu com a van dos Correios na entrada de Barro Preto. Ele disse ter sido abordado e obrigado a dirigir até a agência sob a mira das armas de fogo. Na agência, situada no centro da cidade, os criminosos roubaram os malotes, celulares e outros objetos de valor dos funcionários e dos clientes, em uma ação que durou cerca de cinco minutos - e foi de terror, segundo as vítimas, que foram agredidas e ameaçadas. Os bandidos fugiram com o refém na van Fiat Ducato dos Correios e o outro veículo usado pelo bando na ação. Em uma estrada vicinal, que dá acesso ao povoado de Morro Redondo, libertaram o refém, atearam fogo nos dois veículos, impedindo a perseguição de policiais militares e fugiram em um carro não identificado. A cidade (a 48 km de Itabuna) não tem delegado, nem uma delegacia em funcionamento.
O assalto é investigado pela 6ª Coorpin (Itabuna). Até o final da tarde de ontem, não havia informações sobre a identificação e prisão do bando. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba), Josué Canto, os cerca de 100 ataques a agências de Correios na capital e no interior registrados em 2016 estão preocupando o sindicato. Ele destacou que a empresa não está oferecendo segurança a funcionários e clientes, "pois atende como banco postal mas não dispõe de portas giratórias e seguranças armados e preparados para situações de ataques criminosos". Canto enfatizou que a empresa alega corte de custos e que diversos funcionários estão enfrentando problemas de saúde, depois de serem usados como reféns. A reportagem encaminhou mensagem para a assessoria dos Correios, mas não obteve resposta até às 19h.

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