Ladrão se passa por agente contra dengue para invadir casa


Em plena campanha intensiva de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, da febre chikungunya e do zika virus, um homem se passou por agente de saúde e assaltou um casal de idosos, em Porto Alegre (RS). O crime ocorreu na manhã desta sexta-feira (8), na zona norte da cidade. O criminoso, que ainda não foi identificado, levou R$ 2 mil, joias e um carro Cruze, que estava na garagem. O assalto ocorreu no final da manhã, na rua Machado de Assis, no bairro Jardim Botânico. O homem, tocou a campainha da casa e foi recebido pelo casal. Segundo as vítimas, ele se apresentou como vigilante sanitário e estava identificado apenas por um crachá. Dentro da residência, fez algumas perguntas, examinou os cômodos e até subiu no telhado, de acordo com a empregada da casa. Ao descer, anunciou o assalto. O casal proprietário e a funcionária foram amarrados e presos dentro de um quarto. Enquanto isso, o assaltante vasculhou a casa, deixando a residência cerca de 20 minutos depois. Preocupada com a repercussão negativa que o caso pode ter sobre o trabalho dos agentes sanitários, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) informa que todos os profissionais que fazem esse serviço de visitas e vistorias nas residências utilizam coletes "com clara identificação dos órgãos em que trabalham" e ainda usam ostensivamente o crachá de identificação com nome e órgão a que pertencem. "Todos são orientados a se identificar prontamente antes de solicitarem acesso a residências ou terrenos.
A SMS orienta aos cidadãos que exijam a identificação do agente antes de permitir qualquer tipo de acesso. E que qualquer atitude suspeita seja imediatamente comunicada à Polícia", esclarece em nota. Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, a cidade ainda não registrou nenhum caso de dengue, que tivesse sido contraído na cidade. Em 2015, foram 17 ocorrências, mas todas importadas. "Temos um índice de infestação bastante alto do mosquito. Em 2013 tivemos um surto no bairro Partenon. Estamos planejando há mais de um ano para que estejamos aptos a encarar esse período em que a curva de infestação aumenta para que orientemos a população. Quanto mais orientado o sistema de saúde estiver, mais rápido poderemos evitar uma situação que pode desencadear a epidemia", explica Anderson Lima, coordenador da Vigilância em Saúde de Porto Alegre.

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