Cunha cobrava propina para liberação de dinheiro do FGTS


Dois delatores da operação Lava-Jato ouvidos pela Procuradoria Geral da República prestaram depoimento na semana passada e disseram que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha cobrava propina para a liberação de dinheiro do FGTS, de um fundo destinado a empresas. Os delatores contaram que montaram uma rede de contas bancárias na Suíça e em Israel para receber o dinheiro. As informações foram publicadas nesta quarta-feira pela revista "Época. Segundo a procuradoria, nesse esquema era fundamental a participação de Fábio Cleto, ex-vice presidente da Caixa. A revista trouxe o seguinte trecho: “O procurador-geral da república indica que elementos supervenientes corroboram o envolvimento de Fábio Ferreira Cleto no suposto pagamento de propina para Eduardo Cunha justamente para liberação de verbas do FI-FGTS.” A Procuradoria Geral da República afirma que já conseguiu identificar o pagamento de R$ 52 milhões em propina divididas ao longo de 36 depósitos que foram feitos até setembro de 2014, quando a Lava Jato já tinha seis meses. Nos documentos divulgados, a revista mostra que um dos delatores manda uma mensagem para outro falando o seguinte: “questionado sobre e-mail datado de 26 de abril de 2012, em que o depoente informa à pessoa cujo nome de usuário é Rico, sobre o envio 'do nosso amigo' de um livro de 181 páginas sobre túneis 'suissos', e que seria conveniente confirmar se recebeu o livro e se gostou das fotos”.

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