Ipiaú: Família acusa policial militar de agressões durante abordagem

O caso repercutiu em toda região
O que poderia ser uma simples abordagem tornou-se em mais um caso de violência policial que gerou protestos por parte da comunidade ipiauense e teve desdobramentos  que comprometem uma instituição voltada para garantir a segurança pública. O fato aconteceu por volta das 19h30 do último sábado, dia 9 de maio, na proximidade do Posto Fênix, na Avenida Tancredo Neves, pista da Br-330, perímetro urbano de Ipiaú. Uma guarnição composta por três soldados lotados da 55ª Cia Independente da Policia Militar interceptou uma motocicleta biz, que era pilotada pelo autônomo Nestor Neres, tendo no assento traseiro o seu filho de iniciais P.B.G. N, de 16 anos de idade, portador de cardiopatia. Por um mero descaso, o condutor havia deixado o documento do veiculo em sua residência, na Rua Hildebrando Nunes Rezende. Tal falha, segundo a vítima, motivou um dos policiais, residente em outra cidade, a agir com extrema grosseria. Diante da situação hostil, o adolescente pediu para que seu pai se retirasse do local. Isso foi interpretado pelo policial como um desacato à sua autoridade. Em ato continuo o jovem foi agredido com um tapa no rosto. Nestor reagiu em defesa do filho e entrou em luta corporal com os policiais sendo dominado e, segundo a vítima, espancado por estes que posteriormente o conduziu até o Complexo Policial, onde as agressões tiveram continuidade.  P.B.G. N, devido à sua delicada situação cardíaca, sofreu uma convulsão e foi levado até sua residência por um popular.

Mulher diz que também foi agredida

Em poucos instantes o fato chegou ao conhecimento da estudante de enfermagem, Kellin Guimarães, esposa de Nestor, que de imediato seguiu para a Delegacia de Policia afim de averiguar a situação em que se encontrava o seu marido. Ela narrou que, com a permissão do agente de plantão, adentrou no recinto e se deparou com Nestor algemado e ensanguentado. Nesse interior, segundo Kellin, o militar agressor ordenou que ela se retirasse do local e em ato súbito a pegou pelo braço arrastando-a e desferindo um tapa no rosto, ao mesmo tempo em que a xingava com palavras de baixo calão. As agressões verbais chegaram também até ao seu filho, chegando o mesmo a ser taxado de traficante. Alguns amigos da família agredida, a exemplo do empresário Eduardo Pereira Alves (Dú) e o prefeito Deraldino Araújo chegaram ao Complexo Policial buscando auxiliá-la no que fosse possível. Em determinado momento o empresário também foi agredido verbalmente pelo soldado, conforme atestam testemunhas oculares do episódio. Oficiais da 55ª Cia Independente, compareceram ao Complexo e contornaram a situação. Após o registro do boletim de ocorrências as vitimas foram liberadas e posteriormente prestaram queixas das agressões sofridas, além de adotarem outros procedimentos legais, como um exame de corpo e delito que certamente será anexado a um inquérito a ser encaminhado ao Ministério Público. A denúncia poderá ser encaminhada à Corregedoria, órgão responsável por apurar as agressões cometidas por policiais. O PM citado pela família não foi encontrado pela nossa redação para comentar as acusações.
Comandante da PM está apurando o caso
O Comandante da 55ª CIPM, Major Jorge Alexandre dos Santos Júnior, informou à reportagem do Giro que diante dos fatos ocorridos no último sábado (09/05), envolvendo policiais militares desta unidade, está adotando as medidas pertinentes para apurar o caso. A comunidade aguarda o desenrolar dos fatos, sobretudo por saber que a autoridade do policial não dá a ele o direito de agredir fisicamente ou verbalmente qualquer pessoa (a não ser que ele esteja se defendendo de uma agressão injusta). Toda conduta violenta é ilegal. (Giro/José Américo Castro).

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2 Comentários

  1. Porque não colocaram o nome do Policial que agrediu a familia, o nome dos agredidos foram publicados. Coloquem o nome desse bandido e o local onde mora fiquei sabendo que é de Ibirataia. a comunidade precisa saber pois esse bandido recebe dinheiro publico e não deveria fazer essa coisas com pessoas de bem.

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  2. muito triste isso, não pode abusarda autoridade

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