Advogado é preso suspeito de invadir fórum e ameaçar juíza em Catu



Um advogado foi preso suspeito de ameaçar a ex-companheira, uma juíza da comarca de Catu, cidade a 78 quilômetros de Salvador, dentro do próprio gabinete da magistrada. De acordo com informações do delegado Henrique Morais, que investiga o caso, o homem estaria insatisfeito com o fim do relacionamento, que durou cerca de três anos. Ele foi preso na terça-feira (5), depois de ter invadido o local de trabalho da juíza, no fórum da cidade. De acordo com o delegado, não foi a primeira vez que a mulher, que não teve o nome divulgado, teria sido alvo de ameaças por parte do ex-companheiro, que também teve a identidade preservada. Segundo a polícia, os dois são moradores de Catu. A polícia não soube informar quando os dois terminaram a relação e nem o motivo da separação. "Eles eram apenas companheiros, não era casado, e essa relação chegou ao fim há alguns meses. Ele tentou por várias vezes reatar o relacionamento indo na casa dela, mas não teve sucesso e, então, passou a ameaçá-la. Chegou a dizer que iria praticar algum mal contra ela", disse o delegado, em contato com o G1, nesta quarta-feira (6). Após ameaçar a advogada no fórum, o advogado fugiu, mas depois foi capturado pela polícia. Ainda de acordo com o delegado, não houve agressão física contra a magistrada. "Ele estava transtornado, ameaçou ela e outras pessoas que estavam lá e saiu, mas depois foi localizado". O delegado Henrique Morais solicitou à Justiça a prisão preventiva do suspeito, com base na Lei Maria da Penha. Ele foi levado para a 2ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Alagoinhas). "Ele já foi ouvido. Confessou que foi até o gabinete da juíza no fórum, mas negou que tenha feito ameaças. Mas as testemunhas dizem o contrário: falam que não apenas ela, como outras autoridades que estavam no local foram ameaçadas por ele", diz. O delegado informou que pretende ouvir mais testemunhas antes do fim do prazo de dez dias que tem para concluir o inquérito. "Vamos terminar de ouvir as pessoas e, depois, remeter o caso à Justiça. Caso ele [o suspeito] consiga relaxamento, poderá ser liberado para responder o processo em liberdade", disse Morais.

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