Inflação da baixa renda é maior do que para famílias ricas


A taxa do IPC-C1, que mede a inflação para famílias com renda de até 2,5 salários, de outubro, de 0,73%, reverteu a tendência dos meses anteriores e ficou acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br), que é utilizado para calcular a inflação que atinge famílias com maior renda, mostrou alta de 0,55% em outubro. Ambos são calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1, contudo, continua em patamar inferior aos 4,97%. Em igual período, o IPC-Br subiu 5,36%. A maior influência para a aceleração veio do grupo alimentação, que saiu de deflação de 0,16% em setembro para alta de 1,13% em outubro. Nesse grupo, as hortaliças e legumes foram o principal impulso, com destaque para o tomate, com alta de 21,32% em outubro, contra variação de -7,61% no mês anterior. Além dos alimentos, os transportes ficaram mais caros na passagem do mês. Segundo a FGV, o grupo apresentou alta de 0,26%, ante queda de 0,27% em setembro. Só o item tarifa de ônibus urbano acelerou para 0,49% em outubro, contra -0,48% no mês anterior. Entre os demais grupos, apenas um apresentou desaceleração: vestuário (de 0,90% em setembro para 0,69% em outubro). Enquanto isso, todos os outros intensificaram o ritmo de alta: habitação (de 0,53% para 0,69%), saúde e cuidados pessoais (0,33% para 0,58%), educação, leitura e recreação (0,14% para 0,60%), despesas diversas (0,05% para 0,26%) e comunicação (0,07% para 0,44%).

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