Tesouras Notícias
terça-feira, março 19, 2013
As
investigações sobre a atuação da Ympactus Comercial Ltda. ME, conhecida
por operar o sistema de vendas de VoIP (sistema de ligações
telefônicas pela internet) e marketing multinível Telexfree, por
enquanto estão restritas à Brasília. Procurados pela reportagem,
órgãos como o Ministério Público do RN (MP-RN) e o Ministério Público
Federal no RN (MPF-RN) afirmaram, por meio de suas assessorias de
comunicação, que não abriram procedimentos de investigação a respeito
da atuação da Telexfree no estado, embora o negócio já envolva 75
mil potiguares.
A pedido do
Ministério da Fazenda, que emitiu nota técnica através da Secretaria
de Acompanhamento Econômi co demonstrando a possibilidade de prática
do esquema de pirâmide financeira, o MPF e a Polícia Federal deverão
investigar o caso. A 3ª Câmara de Coordenação e Revisão (Consumidor e Ordem
Econômica) da Procuradoria Geral da República será a responsável pela
investigação. A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça
também investiga a empresa TelexFree, que se apresenta como
fornecedora de serviço de voz pela internet.
Neste domingo (17),
o NOVO JORNAL trouxe a informação de que a Polícia Civil potiguar e a
Superintendência Regional da Polícia Federal também não devem
investigar a Telexfree. A Coordenadoria de Proteção e Defesa do
Consumidor (Procon) do RN também não registra qualquer procedimento. A
reportagem também mostrava que a empresa possui 75 mil potiguares
integrando a sua rede. O Brasil inteiro teria cerca de 540 mil
“divulgadores”, como são tratadas as pessoas envolvidas com a empresa.
De acordo com o
advogado Horst Fuchs, representante da empresa com sede em Vitória (ES) e
que teria origem nos EUA, a Telexfree não praticaria a pirâmide [1]financeira, que é crime
contra a economia popular. Segundo os valores de investimento mínimo que
cada pessoa precisa para se tornar um divulgador, em torno dos R$ 580,
a empresa já teria movimentado cerca de R$ 43,3 milhões desde a
sua instalação do estado, no primeiro semestre de 2012.
Do Novo Jornal
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