Tesouras Notícias
sábado, maio 26, 2012
Numa das centenas de escutas telefônicas que o levaram à
cadeia, Carlinhos Cachoeira trata dos interesses da Cial Comércio e Indústria
de Alimentos. A empresa brigava na Justiça para desbancar uma concorrente, a
Coral, no fornecimento de marmitas aos presos da cadeia de Aparecida de
Goiânia. No dia 9 de outubro de 2011, Cachoeira conversa com personagem
identificado pela PF como Michel. A alturas tantas, o interlocutor pergunta se
a Cial pertencia ao bicheiro. “Não é minha não, rapaz”, ele responde. “É de amigos.
É Cial. A nossa é a Cial.” Em dúvida, Michel indaga: Cial ou Coral? E
Cachoeira, peremptório: “Não. É para ser a Cial. A Coral tem de levar ferro.”
Por uma dessas ironias que só o acaso é capaz de produzir, Cachoeira tornou-se
consumidor involuntário das quentinhas que tentou favorecer. A Cial é uma das
três fornecedoras de comida para os mais de 11 mil presos da Papuda, a
hospedaria carcerária em que se encontra abrigado o bicheiro, em Brasília.
( Blog do Josias.)
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