Satélite de observação terrestre está perdido


Técnicos da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) estão reunidos em caráter de emergência para tentar restabelecer contato como satélite Envisat, em operação desde 2002, mas que interrompeu comunicação desde o último domingo. De acordo com a agência europeia, o satélite ainda está em órbita estável, e há esperança de que se recupere o equipamento até o lançamento de seu substituto, no ano que vem. Estações de rastreamento da agência europeia foram acionadas ao redor do planeta, e o time montado para a recuperação do Envisat inclui engenheiros e especialistas em dinâmica de voo. O Envisat superou a expectativa de uso em cinco anos e já deu mais de 50 mil voltas ao redor da Terra, transmitindo dados para o estudo científico do planeta. Considerado o satélite de observação terrestre mais complexo já construído, o Envisat carrega 10 instrumentos capazes de fornecer dados sobre solo, atmosfera, oceanos e geleiras.
Mais de 4 mil projetos em mais de 70 países usaram os dados do Envisat, inclusive o Brasil. Em 2005, uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França levou à estratosfera 10 balões para estudar a camada de ozônio checando informações transmitidas pelo satélite europeu. A esperança é de que o Envisat trabalhe até 2014, quando será trocado pelos novos satélites da série Sentinel, cujo primeiro lançamento está previsto para o ano que vem. Se o Envisat ficar perdido definitivamente desde agora, a ESA informou que vai acionar um acordo de contingência com a Agência Espacial Canadense para usar o satélite Radarsat, em substituição de parte das funções. (Oglobo)

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