LUTA CONTRA CRACK SAI POR ATÉ R$ 44 MIL AO MÊS

Por ADRIANA FERRAZ


As opções são variadas e vendidas pela internet. No mercado das clínicas particulares, há modelos de tratamento que mais parecem um spa, com direito a bosque particular, piscina, quadra de tênis e até salão de beleza. A escolha, em muitos casos, não depende só da capacitação dos profissionais, mas de quanto se pode gastar por mês. Há quem pague até R$ 44 mil por mês por um quarto com frigobar e cama para acompanhante.
Assim como os itens de luxo, os modelos de tratamento também diferem de um endereço para o outro e criam polêmica entre as clínicas.
As instituições comandadas por ex-dependentes, geralmente em sítios com menor infraestrutura, são adeptas da chamada 'laborterapia'. Nela, o paciente ajuda até na limpeza do local.
'Ninguém faz faxina, mas cuida do seu quarto, lava a sua roupa. Isso ajuda a criar responsabilidade. E não é só isso. Aqui, o paciente tem uma rotina de atividades das 8h30 às 21 horas. Aos poucos, aceita o programa e evolui', diz Rogério Gomes, dono da Clínica Atibaia.
Vigilância. A instituição, com capacidade para cem pacientes, promove internações involuntárias 24 horas, ao custo médio de R$ 1,2 mil. A mensalidade custa R$ 3 mil. Nos próximos meses, o valor dará direito a uma espécie de 'big brother' online. O dia a dia dos pacientes, que já é filmado, será mostrado à família pela internet, com uma senha.
O atrativo digital é considerado supérfluo entre os pacientes da Maxwell, também em Atibaia. Lá, os parentes podem se 'hospedar' com o dependente. Além de piscina e salão de beleza, há salas de jogos, lanchonete e estúdio de ioga. Logo ganhará um campo de golfe.

Estadão

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