Prefeitos pressionam em Brasília divisão de petróleo


Foto: Rodolfo Stuckert/Ag. Câmara



Cerca de 800 prefeitos, dentre eles centenas de gestores baianos, participaram ontem, de ato em Brasília para pressionar pela aprovação, na Câmara, do projeto sobre o novo modelo de distribuição das receitas do petróleo. Deputados de Estados não-produtores também protocolaram documento, com 288 assinaturas, pedindo a urgência do projeto.

Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), teve audiência com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Segundo ele, o petista se comprometeu a votar a urgência da proposta assim que a pauta da Casa for liberada, o que deve acontecer daqui quinze dias.

Falando em nome dos prefeitos, Ziulkoski diz que, caso o acordo não seja cumprido, eles vão se mobilizar para apreciar o veto do presidente Lula à chamada emenda Ibsen (que trata de uma distribuição mais igualitária de royalties do petróleo entre os Estados). “Isso seria ruim para os dois lados, por isso ainda preferimos a votação do texto do Senado”, explica. 

Ziulkoski também se reuniu com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para debater sobre a possibilidade de votação do veto. Segundo o presidente da CNM, a comissão especial que analisa o projeto sobre o pré-sal deve ser instalada, mas ter seus trâmites acelerados. “Queremos o cumprimento de todos os prazos regimentais, mas queremos a votação ainda este ano”, disse. Os prefeitos organizam uma nova mobilização sobre o mesmo assunto, em Brasília, para o próximo dia 14. 

O texto já aprovado pelo Senado resultou em uma derrota dos Estados e municípios produtores, Rio e Espírito Santo principalmente, que devem perder, no total, cerca de R$ 3,6 bilhões no próximo ano. A União também sai perdendo, R$ 2,5 bilhões em 2012, mas havia aceitado ceder para aprovar o texto do relator Vital do Rego (PMDB-PB), que beneficia os Estados e municípios não produtores, que vão ganhar no próximo ano R$ 8 bilhões.

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1 Comentários

  1. Muitos prefeitos só vão para receber a diária do município e fugir do povo. Deixa isso para quem vai para lutar pelo município. Muitos vão farrear e mais nada

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