O quê: Lançamento do Livro “Batalha de Mestre”, de
Achel Tinoco
Onde: Livraria Saraiva, 2º andar, Shopping Barra
Quando: 30 de novembro
Horário: a partir das 18h
O autor
Achel Tinoco nasceu em São Domingos
do Capim, Pará. Ainda criança mudou-se para a Bahia e viveu na fazenda Vila
Ferreira (tantas vezes eternizada pelo autor em seus romances), cidade de
Ibirataia.
Na adolescência, já em Salvador, começa a escrever os primeiros poemas. Cursa
as Faculdades de Letras e Administração de Empresas. Entre seus outros livros
publicados estão: Outra parte de mim, Okavango, Retrato
sobre Tela, Vilarejo dos Anjos, Até parece que foi
sonho, As nudezas secretas de Eleonora e Perdendo
a metade de mim.
A Editora
A Editora Europa publica revistas,
livros e guias. As revistas e guias são dirigidos a diversos segmentos como
artes, jardinagem e paisagismo, fotografia, turismo, informática, tecnologia,
entre outros. Os livros abarcam desde romance até história. A Editora atua no
mercado brasileiro há 24 anos, é constituída de 100% de capital nacional,
empregado mais de 100 funcionários.
Trecho de “Batalha de Mestre”
“Era princípio de março, se chovesse as ruas da
capital estariam intransitáveis e provavelmente pai e filho levariam o dobro do
tempo para chegar ao destino.
— Aquilo lá são as favelas? — teria perguntado
Kaloã ao pai apontando com o dedo indicador pela janela da Brasília verde
comprada no mês passado.
As casinhas de tijolos vivos, janelas surrealistas,
amontoadas umas por sobre as outras, de um lado e do outro da margem, decorava
toda a entrada da cidade. As ruas se estreitavam e se esticavam como o próprio
menino que, àquela via dos fatos, também se estreitava e se espremia por dentro
qual estivesse com o coração engarrafado de expectativa e medo. Precisaria de
anos e anos para o novo sítio também lhe pertencer.
— Sim, são as favelas. — José Armedio lhe teria
confirmado por fim, depois de tantas e tantas explicações e conselhos repetidos
pela estrada.
Chegaram ao apartamento 403, do Edifício
Vitória-Régia, no Corredor da Vitória. Dona Carmosina os recebeu à porta com
entusiasmo e simpatia. No almoço, servido tão somente aos dois, devido o
adiantado da hora, ela enumerou ao novo inquilino as regras da casa, os
horários, os costumes, os quais ele concordou plenamente com um menear tímido
de cabeça. Era um rapaz educado, de boa índole, prestativo, logo se adaptaria à
nova vida. Tudo acertado. Saiu com o pai para fazer algumas compras no
supermercado e passear pela cidade. Voltaram entardecendo. Kaloã ficou em casa,
José Armedio foi passar a noite em casa de José Rinaldo, no Itaigara. E depois
que levasse o filho ao colégio, de manhãzinha, voltaria a Vila Ferreira.
Kaloã chegou ao Sacramentinas pontualmente às sete
horas. Entrou na sala ainda com os olhos vermelhos, não tinha dormido direito e
ainda chorara ao se despedir do pai. Vestia camisa branca de malha e a calça
azul-marinho boca de sino caindo sobre os tênis Kichute novinhos em folha.”
Contato:
Quanta Comunicação
Vaneza Melo 71-8323-4289
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