Médico de Michael Jackson é culpado pela morte do cantor


Após seis semanas de julgamento, o júri formado por sete homens e cinco mulheres decidiu na Suprema Corte de Los Angeles nesta segunda-feira (7) que o médico Conrad Murray é culpado pela morte de Michael Jackson. O cardiologista de 58 anos foi condenado por homicídio culposo ao dar ao cantor uma dose fatal do sedativo propofol para ajudar o popstar a dormir.
Em 25 de junho de 2009, Michael Jackson morreu em sua casa em Los Angeles por overdose do anestésico de uso hospitalar que estaria usando durante os preparativos da turnê "This Is It".
O julgamento começou em 27 de setembro e em 12 de outubro os advogados do médico desistiram do argumento de que o cantor havia ingerido sozinho a dose do anestésico propofol, causa da morte, enquanto ele não estaria por perto. O propofol é um medicamento de uso controlado e o acompanhamento constante do médico que receitava o remédio se fazia necessário em tempo integral. A decisão dos advogados do médico foi anunciada ao juiz que conduz o processo um dia após o laudo da autópsia indicar que Michael não poderia ter tomado sozinho a dose fatal do medicamento, hipóstese em que se baseava a defesa do médico. Ele foi condenado por negligência.


No dia anterior, o médico responsável pela necropsia de Michael,Christopher Rogers, afirmou em depoimento que o astro foi vítima de homicídio. A promotoria questionou o motivo de sua conclusão e ele informou que a dificuldade de Michael em dormir não indicava a necessidade do uso de propofol e ainda que não havia equipamentos de salvamento adequados disponíveis na casa do músico para assegurar a integridade física dele, por se tratar de um sedativo forte. Rogers afirmou ainda que o popstar não sofria de problemas cardíacos.
Foto: Reuters
Foto de Michael Jackson morto

Relembre alguns trechos ditos pela acusação durante o julgamento:
- A causa da morte de Michael Jackson foi overdose de Propofol, remédio administrado pelo Dr. Murray.
- Nós vamos provar que Conrad Murray agiu repetidamente com negligência e incompetência.
- Murray fez fez um esquema com uma farmácia para comprar grandes quantidades de Propofol em uma base regular. Mas ele mentiu para o farmacêutico, dizendo que tinha uma clínica em Santa Monica, e ele não tem.
- Em 10 de maio de 2009, Murray fez uma gravação de voz em seu iPhone que revela que Michael Jackson estava sob a influência de "substâncias desconhecidos" com o médico sentado ao seu lado. Isso mostra que Murray tinha consciência do estado de Michael.
- A polícia foi avisada às 12h20. Quando os paramédicos chegaram, Michael estava morto.
- Murray nunca disse aos paramédicos que ele deu Propofol ao músico, mesmo quando eles o questionaram sobre drogas administradas por ele.
- Os paramédicos afirmaram que Michael Jackson estava morto, mas Murray insistiu para que o transportassem para o hospital.
- Dois dias depois da morte do músico, Murray encontrou-se com detetives da polícia de Los Angeles e divulgou que estava dando doses diárias de Propofol ao astro por mais de dois meses, com o intuito de colocá-lo para dormir. Esta é a primeira vez que Murray revelou isso.
- Murray disse à polícia que ele foi ao banheiro para urinar e quando voltou, dois minutos mais tarde, descobriu que Michael não estava respirando. O Ministério Público diz que deixar um paciente sozinho é considerado abandono médico.
- O promotor encerrou afirmando que Conrad Murray agiu com negligência e não estava pensando no interesse de Michael Jackson, mas sim trabalhando por US$ 150 mil (R$ 276 mil) por mês.

Postar um comentário

0 Comentários