A primeira apresentação do EIA-RIMA (Estudo de Impacto ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) do Porto Sul para as comunidades, foi marcada por questionamentos e duvidas. A exposição dos impactos e medidas mitigadoras direcionaram a população da Vila Paraíso do Atlântico, Barramares e Verdes Mares sobre as reais intenções do governo do Estado, em relação a nova localização do empreendimento, hoje situado em Aritaguá.
As comunidades levantaram indagações sobre como ficará a região do antigo decreto, que desapropriava a as comunidades, referidas, para a construção da retroarea do porto do Estado - já que o mesmo não foi desconsiderado pelo governo, apenas alterado sua finalidade. Antes para construção de um Porto hoje para área de Preservação Ambiental. A pergunta ficou sem resposta, devido aos representantes legais do governo não terem a confirmação dos dados. Outro questionamento, sem resposta, foi a definição de qual órgão teria sido responsável pela colocação da cerca que limita da expansão habitacional das comunidades.
Moradores se encontravam indignados em relação ao fato de terem sido cercados. “Colocaram uma cerca, nos fazendo de animais, e ninguém nos explica quem foi nem como vamos ficar. Precisamos de respostas claras” disse Alessandra moradora da Vila Paraíso.
Questionamentos referentes a poluição do minério de ferro, a quantidade de carga que ficará armazenada no pátio de estocagem, porque da mudança para Aritaguá e sobre os atritos de informações do antigo EIA –BAMIN para o atual EIA- Estado conduziram as discussões e foram respondidas pelo representantes Magno Peneluc (Sondotécnica), Aildo Mendes (BAMIN) e José Carlos Valle (Casa Civil).
O encontro iniciou-se por volta das dez horas da manhã, na comunidade de Vila Paraíso do Atlântico e contou com a participação de aproximadamente 100 moradores e representantes do governo, prefeitura e da BAMIN. Como concretização do evento firmou-se uma preocupação do senhor Aildo Mendes, gerente geral da BAMIN em Ilhéus. Após a exposição dos anseios sociais da presidente da Associação, senhora Maria D”Ajuda Alomba, que ressaltou a falta de clareza do estado com a comunidade em relação ao andamento do processo.
O senhor Aildo argumentou que questões sociais são as mais preocupantes para o empreendimento, e que ao longo do processo do Porto Sul a empresa buscou manter um relacionamento aberto com a população. “Não existe um projeto dessa magnitude que não seja construído com a opinião publica, estamos realizando estas reuniões para obter a opinião da população” disse.
Foi informado que a Audiência Publica será realizada no dia 29 de outubro. O horário ainda será definido.
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