SINDICALISTA ACUSA APLB DE SUBMISSÃO

As eleições do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), que ocorrerão nas próximas quinta (4) e sexta-feira (5) em todos os municípios da Bahia, prometem ser bastante acirradas. Mais de 60 mil representantes estão credenciados a votar no estado em uma das duas chapas inscritas. Apesar disso, a categoria ainda não foi informada onde fará a escolha, de acordo com o primeiro secretário da Chapa 2, opositora à atual gestão. “Até agora não sabemos os locais onde serão colocadas as urnas de votação. As pessoas sempre nos perguntam onde votar e não sabemos, porque a Chapa 1 não divulgou até o momento”, afirma César Carneiro, o primeiro-diretor da legenda oponente. Em entrevista ao Bahia Notícias, nesta sexta-feira (29), Carneiro acusou a Chapa 1 de ser “submissa ao governo” e “dificultar a participação de chapas opositoras na eleição”. “Eles não apresentam reivindicações e não fazem opção de ir à luta. Achamos que é uma decisão política, que a Chapa 1 não tem autonomia sindical. Para se ter ideia, há mais de um ano não se realiza uma assembleia da categoria na rede estadual. A Chapa 1 não se pronuncia em relação a todas as mazelas em relação à educação”, condenou. Procurado pelo BN, o presidente da entidade de classe, Rui Oliveira, candidato à terceira reeleição pelo mesmo grupo que comanda a instituição há mais de 20 anos, preferiu se omitir de rebater ás denúncias. Argumentou que “não responderia às provocações da oposição” e falaria apenas das conquistas do seu grupo, como “reajustes diferenciados” e a “conquista da URV” na Justiça – já que o governo recorreu e o valor ainda não foi pago. Sobre os locais de votação, ele também disse que “não sabe onde serão”. “A comissão eleitoral é quem decide isso”, declarou. Entretanto, de acordo com Carneiro, a atual gestão é a responsável por escolher a comissão e não dá direito à representação das outras chapas. Vale ressaltar que a situação é controlada pelo PCdoB, partido aliado ao governo do Estado, e a Chapa 2 pelo Psol.
Fonte: BN

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