O técnico René Simões comandou um treino tático para o Bahia com os portões fechados nesta sexta-feira à tarde. "Para o clássico é bem legal. Não ganha nada, mas dá um molho especial", afirmou René, repetindo estratégia utilizada por Antonio Lopes com o Vitória na última quarta-feira no Barradão.

O treino foi focado nas jogadas áreas e de reposição de bola pelas laterais, principais erros na goleada sofrida para o Atlético-PR, na Arena da Baixada, derrota que eliminou o Tricolor da Copa do Brasil na terceira rodada. "O professor cobrou demais isso", revelou o lateral-direito Marcos.

A escalação para o Ba-Vi também é mistério. Será revelada só em Pituaçu. Lulinha (gripado), Robert (dores lombares) e Rafael (incômodo muscular na coxa direita) não treinaram. Mas, pelo discurso de René Simões, serão poucas as mudanças em relação ao time que perdeu para o Furação. A mais provável é a escalação do lateral-esquerdo Ávine. Ao menos, como opção no banco de reservas. “Ele participou do treinamento, mas vai depender do que ele vai relatar. Se estiver bem, será relacionado”, explicou René. O lateral mostrou confiança. “Se precisar de mim nos 90 minutos, estou disponível. Mas depende do professor. Quero jogar”, disse o jogador.

Mais uma vez, o meia colombiano Tressor Moreno não foi relacionado para uma partida. “Não compreendo o Bahia. Três semanas seguidas de treino. Fisicamente estou bem”, bradava logo após o treino.

René, no entanto, explicou o motivo da escolha. “Não o conheço e só posso escalar por convicção e não por empolgação. Essa semana assisti a três DVDs de jogos antigos do Bahia. Aos poucos, vou conhecendo todo o time”, confessou.