Tesouras Notícias
segunda-feira, abril 23, 2018
O caso do prefeito de
Bariri (SP), Paulo Henrique Barros de Araújo (PSDB), que foi preso após
estuprar uma criança de 8 anos ganhou mais um capítulo neste domingo (22). O
suspeito, detido nesse sábado (21), no Vale do Igapó, em Bauru, no
interior do estado, fingiu ser um policial para convencer a vítima a entrar no
carro dele. A informação foi confirmada pela irmã da menina, Josiele da Silva. Apesar de ter confessado o crime, no dia da prisão, a versão
contada por ele foi outra, durante audiência de custódia, que aconteceu hoje. O
político, que permanecerá preso até o término das investigações, negou todas as
acusações. Procurado pelo G1, o advogado de defesa do prefeito, Humberto
Pastrello, não comentou sobre o ocorrido. Para convencer a garota, Paulo disse que um ladrão estava no
bairro e que por segurança era melhor ela entrar no veículo. "As vizinhas
viram. Diz que ela parou, começou a gesticular e conversar. Nisso ele desceu,
pegou a criança e colocou no carro. Travou com o vidro escuro e foi embora a
milhão", afirmou Luana Garcia, prima da criança, em entrevista à TV
TEM. Um casal que passava pelo local onde a criança foi deixada disse
que a menina estava chorando.
Ao questionar se ela estava bem, perceberam que a
vítima precisava de ajuda. "Chacoalhando a cabeça [ela] disse que não.
Então, nós perguntamos o que havia acontecido e ela disse que um homem havia a
levado para o mato. Isso foi o suficiente para colocarmos ela no carro.
Queríamos tranquilizá-la porque vimos que estava bem transtornada e
perdida." A polícia afirmou que o suspeito foi encontrado sem camisa e
aparentava estar alterado. A equipe da PM relatou ter tido dificuldade para
conter o político. "Desobedeu ordem de parada dos policiais, resistiu,
entrou em luta corporal ali na hora para não ser algemado. Posteriormente
fizemos a conexão dos fatos e ele mostrou onde estava o veículo
escondido", disse o tenente Michel Pietro. O prefeito foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória
de Bauru (CDP), no entanto, a qualquer momento, pode ser transferido para
outra unidade pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). As
investigações podem ficar a cargo do Tribunal de Justiça de São Paulo, já que Paulo
tem foro especial.
Do MSN