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Manifestantes fazem protesto em frente à casa de Geddel



A frente da residência do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira, que pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (25), se tornou palco de protesto nesta tarde. Após manifestação em frente ao edifício La Vue, na Ladeira da Barra, o pivô de sua queda do alto escalão do governo Michel Temer, manifestantes rumaram em direção à sua casa, no Jardim Apipema. Com um carro de som, eles entoam alguns dizeres contra o peemedebista. “O Geddel vai ganhar uma passagem pra sair desse lugar. Não é de carro, nem de pé, nem de avião, é dentro do carro do camburão. Eita Geddel ladrão”, cantam os manifestantes. O ex-ministro está em Salvador, de onde enviou o e-mail de demissão para Temer. BN

‘Tombei’: Geddel sai enfraquecido do Planalto e perde força no xadrez político de 2018



“Baguncei a divisão, esparramei/ Peguei sua opinião, um, dois, pisei”. Expoente da geração tombamento, Karol Conká resume a situação política do agora ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. De homem forte do Palácio do Planalto, cujas opiniões eram ouvidas e propagadas como as percepções do presidente Michel Temer do cenário político, Geddel tombou junto com a obra do La Vue, epicentro da denúncia de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero. O peemedebista baiano caiu nesta sexta-feira (25) de forma melancólica, após quase sete dias sangrando o núcleo duro palaciano. A obra do La Vue, na Ladeira da Barra, segue embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e suspensa por decisão judicial. Por enquanto, além do adeus ao ministério, Geddel se despediu do apartamento do La Vue. E deve também começar o exercício de desprendimento para a eventual pretensão de ser candidato ao governo da Bahia nas eleições de 2018 – rechaçada até então, porém nunca completamente descartada pelo herdeiro de Afrísio Vieira Lima. No xadrez político baiano, a proeminência de Geddel na função de ministro de Estado o alçava à condição de postulante a concorrer ao Palácio de Ondina em 2018.

Caso Geddel ‘enfraquece muito’ governo e ‘aprofunda’ crise, avalia Otto Alencar




O senador Otto Alencar (PSD-BA) avaliou que a demissão (veja aqui) do agora ex-ministro Geddel Vieira Lima e todo o episódio envolvendo o peemedebista, implicado em denúncias de tráfico de influência feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, causam “grande desgaste” e enfraquecem “muito” o governo Michel Temer. Geddel é o sexto ministro a cair em apenas seis meses da administração do peemedebista. “Não vou entrar na questão de culpa ou não, pois isso fica com as investigações dos órgãos responsáveis, mas é o sexto ministro que sai. O ministro Geddel conhece bem o Congresso Nacional do ponto de vista político. Ele vai ter que encontrar alguém com o mesmo conhecimento”, apontou Otto em entrevista ao Bahia Notícias na tarde desta sexta-feira (25). O senador disse ainda “sentir muito que um problema de ordem pessoal e imobiliária” tenha afetado o país e avaliou que o governo Temer não tem demonstrado capacidade de superar as crises política e econômica que atingem o país desde o ano passado, com o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. “Eu fico muito triste com o que acontece com o Brasil. Saímos do impeachment da presidente Dilma e, de repente, entre outro governo e a crise não acaba, só se aprofunda, o desemprego aumenta. São fatos que acompanho desde 2015. É sempre o mesmo tom, a mesma substância insegura, nervosa”, lamentou. Para Otto, Calero precisa provar as acusações que fez contra o presidente Michel Temer em depoimento à Polícia Federal. “Se ele [Calero] provar uma acusação dessa natureza, é uma coisa grave. A palavra dele contra o presidente não dá veracidade ao fato. Ele tem que provar se gravou o diálogo. Se há provas de prevaricação ou tráfico de influência, tem que continuar as investigações”, posicionou-se.