Vereador da cidade de Camaçari é preso por sonegação fiscal

Vereador é acusado de sonegação fiscal
A prisão do vereador em Camaçari Antonio Elinaldo (DEM) esta manhã, sob a acusação de sonegação fiscal e organização criminosa, simplesmente esfrangalhou sua candidatura à Prefeitura da cidade, detonando os planos do partido para assumir o controle do município, há 13 anos nas mãos do PT. Há consenso na classe política de que, apesar de favorito à sucessão municipal, segundo as pesquisas de opinião, Elinaldo só conseguirá superar o duro golpe, caso consiga provar com todas as letras à população que é inocente e foi injustiçado por uma ação policial. Do contrário, não terá forças sequer para ajudar o candidato José Tude (PMDB), que joga no mesmo campo político que ele, também aparece bem nas pesquisas e é apontado como o principal beneficiário da eventual saída do democrata do tabuleiro sucessório. A candidatura de Elinaldo era turbinada em Camaçari principalmente pelo prefeito ACM Neto (DEM). Pré-candidato à sucessão estadual de 2018, Neto vê a conquista da cidade como uma etapa importante do processo de enfrentamento ao PT no Estado daqui a três anos. A empolgação com a popularidade de Elinaldo e as perspectivas que abria na cidade fez com que o líder democrata apoiasse sua candidatura a deputado estadual, promovendo uma verdadeira divisão das forças oposicionistas na cidade. O rompimento com o PTN em Salvador, no princípio do ano, teria decorrido em parte devido à preferência manifesta de Neto pela candidatura em Camaçari do democrata em detrimento da de Maurício Bacelar, que acabou se aliando ao governo estadual e ao PT no município.
 A candidatura a prefeito de Elinaldo era tratada tão a sério que, neste mês de dezembro, uma equipe de marketing que acompanha ACM Neto começou a estruturar a estratégia de sua campanha na cidade. Profissionais de comunicação e jornalistas passaram a ser sondados para contratação pelo “projeto Elinaldo”. O PT também acredita que pode lucrar com a eventual saída do democrata do jogo. Hoje, o partido conta com dois candidatos. Um deles é o atual prefeito, Ademar Delgado, que avalia a possibilidade de desistir da reeleição para apoiar o deputado federal e ex-prefeito Luiz Caetano, que o elegeu na cidade em 2012. Há consenso, entretanto, de que, a dia de hoje, quem sai mais fortalecido do imbróglio é José Tude, que também já governou a cidade e tem sua candidatura bancada pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, que controla o PMDB no Estado e passa a ter chances de ver seu partido assumir o comando de Camaçari. (Tribuna)

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